Os contratos negociados com milho na Bolsa de Chicago (CBOT) chegam ao intervalo com perda de 13 cents, a U$ 5,67/julho, nessa manhã de quarta-feira, 16/05. Os meses mais distantes tem perdas menores, na faixa de 6 pontos. Ontem, a CBOT encerrou com baixa de 11 cents.
A posição dezembro, principal referência para a safra dos EUA, é cotada neste momento em U$ 4,99 – quase 70 cents abaixo da posição presente. Na BMF, julho opera em R$ 55,10 (-1,3%) e setembro em R$ 57,90 (-1,05%).
De acordo com o analista de mercado Camilo Motter, da Corretora Granoeste de Cascavel/PR o cenário internacional é dominado pelo mau humor. Principalmente por dois fatores: dados econômicos da China vieram abaixo do esperado, o que pode indicar redução da demanda. O outro fator é a alta da produção industrial dos EUA, indicando que a taxa de juros poderá ser mantida nos atuais patamares ou até ser elevada nas próximas reuniões do Fonc – o que desestimularia novos investimentos.
Além disso, o plantio nos EUA anda em bom ritmo e chega a 65%, ante 45% do mesmo ponto do ano passado. Chuvas benéficas são apontadas para os próximos dias no Corn Belt. A umidade do solo é boa e este início da estação 2023/24 é bastante esperançoso de uma safra cheia.
Segundo o DERAL, a colheita de milho verão no Paraná chega a 96%. A produção estimada em 3,70MT, ante 2,90MT colhidas no verão da temporada passada no estado. A área é 9% menor na comparação com a safra anterior.
Ainda, de acordo com o DERAL, as lavouras de milho safrinha no estado se dividem entre as fases de: crescimento vegetativo, 33%; floração, 36%; frutificação, 30% e maturação, 1%. As condições das lavouras são: 92% boas e 8% regulares.
Mercado Intenro
Mercado interno se mantém lento e pressionado, com cotações nos patamares mínimos em quase três anos. Tudo indica que os preços encontraram um piso onde devem se situar no decorrer. No entanto, segue o interesse por vendas para desocupar armazéns.
Além disso, o avanço da colheita de verão, bom aspecto das lavouras de safrinha e acomodação das cotações internacionais prevalecem na formação do preço doméstico. Os primeiros relatos sobre colheita da safrinha no Mato Grosso indicam produtividade acima da média histórica.
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