2023 iniciou com queda nos custos de produção do agronegócio. O Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) de janeiro registrou retração de 3,31%, dando continuidade a sequência de quedas que iniciou em junho de 2022. O custo dos fertilizantes se mantém como principal fator a influenciar no resultado que atinge todas as culturas observadas. Os dados foram divulgados em relatório econômico pela Farsul nesta quinta-feira (2/3).
O reflexo desse movimento de queda nos fertilizantes a partir da metade do no está no IICP acumulado em doze meses que atingiu -12,14% em janeiro. A Assessoria Econômica destaca, no entanto, que os preços dos fertilizantes permanecem em patamares de custos superiores ao registrado em período anterior à forte elevação que ocorreu no começo do ano de 2021.
"Apesar do ano de 2022 ter encerrado com deflação dos custos de 9,55%, cabe lembrar que o ano anterior (2021) foi marcado pela safra mais cara da história, com registro de inflação dos custos de produção superior a 50%. O ano de 2023 começou dando continuidade para a tendência de queda dos custos, mas, observando o horizonte mais longo, os custos ainda se encontram em patamares mais elevados que antes da suba de 2021", destaca o relatório.
Já o (Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais) IIPR teve inflação de 0,18% no primeiro mês deste ano na comparação com dezembro de 2022. As principais alta foram registradas no arroz e no milho. Os preços apresentam a tendência de manter movimento de alta do ano passado que em dezembro de 2022 acumulou 10,36%. Em janeiro de 2023, o acumulado em doze meses atingiu 3,90%. "A dúvida mora na continuidade da elevação dos preços ao produtor, visto que - apesar das perdas na safra de verão no estado - estima-se safra brasileira de grãos recorde neste ano, o que pode pressionar os preços", ressalta o documento.