Segundo dados divulgados no relatório "Radar Agro – Monitoramento das Importações de Fertilizantes" da equipe do Itaú BBA neste mês de dezembro, o volume de importação de fertilizantes no acumulado até o mês de novembro atingiu o total de 32,7 milhões de toneladas, 7,4% abaixo do acumulado do mesmo período de 2021.
O baixo volume importado de fertilizantes em novembro é reflexo do movimento de antecipação das compras externas desses produtos no primeiro semestre do ano somado ao atraso de compra por parte do mercado interno, mesmo num cenário de alto fluxo de chegada dos produtos. Assim, nos últimos meses, a disponibilidade dos fertilizantes no mercado nacional aumentou, contribuindo para a queda do montante recebido no décimo primeiro mês do ano.
A possível formação de altos estoques dos produtos nos portos junto à diminuição da entrega interna de fertilizantes causou movimentos atípicos
As cotações dos principais produtos do setor, as quais registraram máximas próximas às históricas no início do conflito entre Rússia e Ucrânia já estão em níveis menores aos preços pré-guerra, pressionadas pelo enfraquecimento da demanda.
Mesmo com os preços dos adubos mais aplicados nas lavouras em queda nos últimos meses, as negociações internas recuaram no decorrer do ano de 2022. Dados da ANDA mostram que as entregas domésticas acumuladas até setembro foram 10,5% menores em relação aos nove meses de 2021.
O recuo constante das cotações dos fertilizantes pode ter contribuído com o atraso de compras por parte dos produtores, que podem estar esperando por maiores descontos. Entretanto, com as cotações atuais observa-se uma interessante melhora nas relações de troca, o que pode ser um fator que garante
Se considerarmos o volume de importação realizado até Nov/22, para alcançarmos um montante de entregas ao mercado 10,5% menor em relação registrado no ano de 2021, as compras externas até o final de 2022 terão que atingir 2 milhões de toneladas