Segundo relatório divulgado pelo Radar Agro, do Banco Itaú BB, no mês de novembro, no acumulado até outubro, o volume de importação de fertilizantes atingiu o total de 30,5
Como as indústrias adiantaram as compras a partir do início do conflito entre Rússia e Ucrânia e os produtos chegaram dentro da normalidade, a quantidade mensal importada foi maior nos meses de abril a julho, comparada com o mesmo período de 2021.
Com isso, a disponibilidade dos fertilizantes nos portos aumentou e os volumes negociados diminuíram nos meses subsequentes (agosto, setembro e outubro), já que foram registradas chegadas em níveis menores se comparadas com as importações referentes aos mesmos meses de 2021.
A estratégia de antecipação das compras somada à diminuição da demanda interna podem ter contribuído para o aumento dos estoques dos produtos nos portos. As cotações internacionais dos fertilizantes registraram máximas próximas das históricas nos meses de março e abril desse ano, o que contribuiu para o atraso das compras por parte do mercado interno, mesmo num cenário de alto fluxo de chegada dos produtos.
Assim, a formação de estoques elevados e as menores entregas ao mercado causaram movimentos atípicos no mercado de adubos nesse ano, como as reexportações de produtos, registradas pontualmente em alguns portos do Brasil.
Nos últimos meses, os preços das principais matérias primas retornaram aos níveis pré-guerra, entretanto, a ANDA projeta uma queda de 5% a 7% nas entregas domésticas do produto, fator que pode causar um estoque de passagem maior para o Brasil em relação ao que se esperava no início do ano.
Quanto ao balanço de O&D, para que as entregas ao mercado sejam aproximadamente 5% menores em relação às de 2021, ainda são necessárias importações de 6,7 milhões de toneladas até o final do ano