O mercado asiático é uma grande oportunidade para o Setor de Pulses e Colheitas Especiais do Brasil. Entre os principais países, a China se apresenta como um dos mais promissores, com uma população de mais de 1,4 bilhão de pessoas e demanda estável por alimentos.
De olho nesse cenário, o Instituto Brasileiro do Feijão, Pulses e Colheitas Especiais (IBRAFE), em parceria com a ApexBrasil, criou o projeto Brazil Dry Beans and Sesame Seeds, que realizará uma missão prospectiva na Sial China 2023.
A viagem será entre os dias 18 e 20 de maio de 2023 e promoverá visitas a empresas, ao porto, seminários, encontros com importadores e visita guiada à feira Sial. Esta será uma excelente oportunidade para os empresários do setor prospectarem clientes nesse mercado promissor.
Cerca de 80% do gergelim consumido na China é importado. Em 2022, sua área de plantio chegou ao nível mais baixo de 110.000 hectares. Ao mesmo tempo, as importações de gergelim alcançaram 1.174.000 toneladas em 2021, graças a alta demanda.
“O principal gargalo do mercado global de gergelim, é a estabilidade na oferta. Atualmente os maiores países fornecedores globais são Sudão, Etiópia, Uganda, Tanzânia, entre outros. Parte destes países possuem muitos desafios para garantir uma oferta constante, tornando o mercado volátil. Por isso, a China olha para outras origens, de modo a garantir a oferta”, informou a gerente do Projeto ApexBrasil e IBRAFE, Najla Souza.
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O cultivo de Feijão na China também vem perdendo espaço para outros grãos como a soja e desde 2019, com redução de 10% na produção. Por outro lado, o consumo per capta tem crescido 400% por ano.
Desde 2019, o país sinalizou uma redução na produção de Feijão-mungo, o que consequentemente levaria a uma demanda maior pelas importações. Essa é uma janela de oportunidade para o Brasil, que possui expertise na produção e capacidade de atender a demanda do país.
Brasil e China têm se aproximado para o comércio internacional de Pulses e Gergelim há algum tempo. O Ministério da Agricultura e o General Administration of Customs China (GACC) estão em diálogo para alinhamento dos requisitos fitossanitários dos dois países, um processo que já foi concluído para o Gergelim brasileiro e está em andamento para o Feijão.
A conclusão dessas negociações irá tornar o mercado chinês ainda mais interessante para o setor de Pulses e Colheitas Especiais.
“Além disso, é o fôlego que o Brasil precisa para estimular ainda mais a produção de alimentos internamente. Com o gigante asiático em busca de novas fontes de oferta, e o excelente relacionamento que o Brasil possui com o país, o cenário não poderia ser mais otimista”, acrescenta a gerente.
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