Analista da Hedgepoint Global Markets lembra que no ano de 2018, tarifas sobre a soja impactaram fortemente as exportações dos EUA, resultando em estoques recordes e queda nos preços.
Segundo anaistas da Hedgepoint Global Markets, empresa especializada em gestão de risco, inteligência de mercado e execução de hedge para os mercados agrícolas e de energia, o mercado retornou à normalidade após o Ano Novo Lunar na China. Na América do Sul, chuvas recentes aliviam o cenário para Argentina e Brasil, mas temperaturas acima do normal podem afetar as safras de milho e soja.
Também no mercado, os prêmios climáticos seguem relevantes, assim como a geopolítica. Trump anunciou tarifas para México, Canadá e China, com adiamento de um mês para os dos dois primeiros países, reacendendo temores de guerra comercial.
De acordo com Luiz Fernando Roque, coordenador de Inteligência de Mercado da Hedgepoint Global Markets, “o impasse entre China e EUA pode escalar, lembrando 2018, quando tarifas sobre a soja impactaram fortemente as exportações dos EUA em 2018/19 e 2019/20, resultando em estoques recordes e queda nos preços. O Brasil se beneficiou com o maior volume de compra pelos chineses, aumentando as exportações brasileiras e preços internos”.
Se as tensões comerciais entre EUA e China aumentarem e a soja norte-americana for novamente tarifada, o mercado pode enfrentar um cenário semelhante ao de 2018/19 e 2019/20.Isso exige atenção dos players, pois pode impactar exportações e preços. O USDA projeta que os EUA exportarão 49,7 milhões de toneladas de soja em 2024/25, com estoques finais de 10,3 milhões de toneladas.