Havia 57 dias que a Petrobrás não reajustava os preços dos combustíveis. O gás de cozinha, fazia 152 dias. Mas agora, para compensar, a estatal anunciou um mega aumento, que, com certeza, trará impactos na economia e principalmente na inflação.
O anúncio gerou corrida de consumidores aos postos de combustíveis. A justificativa da Petrobrás é que o movimento se dá "no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis do Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda". O aumento é justificado pela disparada dos preços internacionais do petróleo e seus derivados nas últimas semanas.
No comunicado, a companhia afirmou que "após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobrás promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobrás".
Com o aumento, a partir da sexta-feira, 11, o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passoude R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, já considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina vendida nos postos, a parcela da Petrobrás no preço ao consumidor passou de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba, ou seja, um aumento de R$ 0,54 por litro.
O diesel passou de R$ 3,61 para R$ 4,51 para as distribuidoras. Já com a mistura obrigatória de bioediesel e diesel A, o preço ao consumidor passará de R$ 3,25, em média, para R$ 4,06 a cada litro, totalizando um aumento de R$ 0,81 por litro.
A elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo e a oferta limitada frente a demanda mundial foram os fatores responsáveis pelo aumento, segundo a companhia, que afirmou que o mercado passa por um "momento desafiador e de alta volatilidade".