A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) pleiteia que o Banco Bradesco faça uma campanha esclarecendo a importância do setor pecuarista brasileiro e que este adota, em sua imensa maioria, práticas sustentáveis. Recentemente, a instituição veiculou uma propaganda nos meios de comunicação associando a atividade pecuária a emissão de gases que geram efeito estufa na atmosfera. A afirmação, além de incorreta do ponto de vista científico, é injusta com uma atividade importante para o Brasil, tanto na geração de empregos, quanto em divisas para o País.
"A pecuária brasileira, em especial a paulista, avança cada vez mais em práticas sustentáveis. Tanto que exporta para todo o mundo, incluindo os mercados mais exigentes neste quesito. Ainda assim, frequentemente é vítima de desinformação, como neste caso envolvendo a instituição financeira", afirma o presidente da FAESP, Fábio de Salles Meirelles.
O presidente da FAESP ressalta que a argumentação utilizada na campanha carece de profundidade e que a solução proposta, a redução do consumo de carne, com o objetivo de preservar o meio ambiente, demonstra falta de conhecimento das atividades pecuárias. "A carne é base da alimentação do brasileiro e alimentamos o mundo com a proteína produzida por nossos pecuaristas. A solução proposta serve apenas para confundir quem está assistindo", ressalta Meirelles.
Meirelles espera, por exemplo, que a instituição financeira, procure conhecer quais são as técnicas utilizadas hoje pela imensa maioria do setor pecuário. O presidente lembra que pesquisas realizadas pela Embrapa, por exemplo, apontam que, numa fazenda bem manejada, a quantidade de carbono liberada pelo gado na atmosfera é compensada pelo carbono que as pastagens e outras culturais vegetais conseguem absorver.
"A FAESP também está à disposição para mostrar o que de mais moderno e sustentável está sendo feito pelo setor pecuarista. Certamente, ficarão positivamente surpresos. O que não podemos aceitar é que uma atividade tão importante para o Brasil seja tratada de forma rasa e com falta de conhecimento das práticas pecuárias", finaliza o presidente da FAESP.