A Associação Nacional para Difusão do Adubo (ANDA) emitiu nota oficial nesta quarta-feira, dia 5 de agosto, para manifestar solidariedade com as vítimas do acidente ocorrido na terça-feira, dia 4, em Beirute, no Líbano, em decorrência de forte explosão registrada na região portuária da capital libanesa. Na nota, a entidade manifesta apoio à comunidade brasileira e libanesa atingida pela tragédia e traz esclarecimento sobre o nitrato de amônio, produto químico de fundamental importância para o desenvolvimento da qualidade de vida das pessoas. O produto é muito utilizado na agricultura como fertilizante, matéria-prima para fabricação de gases anestésicos, tratamento de esgotos e produção de explosivos civis.
Segundo a ANDA, por ser um fertilizante de alto teor de nitrogênio, nutriente vital para as plantas, é utilizado em larga escala para melhoria da produtividade dos solos agrícolas brasileiros. Devido a suas propriedades químicas, requer cuidados especiais em sua armazenagem, manuseio, transporte e aplicação. “Todos os fertilizantes à base de nitrato de amônio são, em condições normais, substâncias estáveis que por si próprias não apresentam riscos e não são inflamáveis”, esclarece a nota oficial, que também ressalta que eles podem se decompor apenas se expostos a condições inadequadas de calor, contaminação ou confinamento e, caso tal decomposição ocorra e não seja debelada adqeuadamente, pode ocasionar o aumento da intensidade do fogo ou mesmo causar explosões, desprendendo fumaça tóxica e gases, mas estes riscos são eliminados se observadas as regulamentações e recomendações reconhecidas pelo setor.
No Brasil, a regulamentação das questões envolvendo produto é de responsabiidade da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC), ligado ao Exército Brasileiro. Em sua mais recente portaria sobre o tema (Portaria Colog nº 147, de 21 de novembro de 2019), que contou com a ativa participação de um Grupo Técnico de Trabalho da ANDA, o õrgão dispõe sobre os procedimentos administrativos para o exercício das atividades com esse insumo.
O regulamento estabelece uma série de requisitos a serem cumpridos, que vão de rígidas exigências sobre locais para armazenamento, manuseio pelas indústrias, transporte, estoque em entrepostos ao manejo para aplicação no solo, visando eliminar os riscos àqueles que com ele operam e garantir a segurança da utilização do produto.
“Portanto, seguidas as orientações da Portaria Colog, as recomendações das autoridades e as boas práticas da indústria, a ANDA entende que as operações com nitrato de amônio são seguras”, finaliza a nota, que é assinada pelo presidente da entidade, Eduardo de Souza Monteiro.
