CAROLINA - A constituição da associação foi em junho de 21. Mas o movimento começou lá pra 18 19 e em 2020 se intensificou.
CAROLINA - A gente fez a primeira conversa junto ao governo federal, Ministério da Educação, através da Frente Parlamentar da Agricultura, pra entender o porque que isso acontecia. E a resposta do governo foi se tá errado, qual é o certo? Então a associação contratou a FIA, que é a Federação de Administração da FEIA, da USP, para contrapor com fatos científicos tudo o que a gente identificou no material que estava errado ou que não tinha fonte atualizada.
Eram recortes de jornal, por exemplo, de 1945, por exemplo, ou uma campanha do Greenpeace. Mas não tinha ali uma fonte científica, uma Embrapa ou uma universidade como fonte, né? Então a gente conseguiu devolver isso pra sociedade civil. E mostrou que 60% do encontrado no material didático hoje para ensino Fundamental um e dois ensino médio não tem fonte científica atualizada.
Interessante... E pra buscar se essa informação... A informação correta, vocês buscaram daí entidades universidades. Como que foi?
CAROLINA - Exatamente? A gente fez algumas parcerias, como as que USP, por exemplo, com a própria Embrapa, né? Pra gente poder abastecer as editoras que produzem esse material com informações atualizadas. A Embrapa tem um estudo de avanço do agronegócio nas últimas cinco décadas. Então tudo o que aconteceu em termos de tecnologia e inovação nos últimos 50 anos no agro e isso não está retratado no material. Então a gente constrói essa ponte entre o setor educacional e o agronegócio através de um trabalho de relação, de uma consultoria com as editoras que produzem esse material.
CAROLINA – Exatamente. Aqui nós estamos com o projeto “vivenciando A Prática” que é trazer escolas no município de Ribeirão e do entorno pra conhecer exatamente ao vivo e a cores o que está acontecendo no agronegócio hoje. Foram aproximadamente 3000 crianças. Estão sendo no fórum que vão visitar a feira e desde ontem até sexta feira pra conhecer o agronegócio de verdade, conhecer de agricultura, de pecuária, de tecnologia, de inovação, de cooperativismo, de educação financeira, enfim, um pouco um apanhado geral do nosso setor pra que esses alunos possam formar uma opinião própria, né? Nem baseado no que está no livro e nem baseado em achismo em internet eles vão vivenciar a experiência física sensorial aqui na feira.
E no fim das contas, a associação faz um trabalho de informação. Não seria, não seria uma parte ideológica querer impor algo sobre o agronegócio, simplesmente levar a informação real do segmento?
CAROLINA - Exatamente. A informação atualizada e coerente com as práticas hoje. Porque a gente vem de um Brasil com herança de colonização. A gente tem uma história, né? Mas a gente não quer romantizar essa história. A história é fato e ela vem, ela fica no passado, né? Ao longo do tempo a gente vem construindo uma nova história para o Brasil produtivo. E é isso que a gente quer que as crianças aprendam em sala de aula.
E também conversei então aqui com a Carolina Barreto, que ela é diretora da associação. De olho no material escolar, que faz um trabalho relevante, superimportante hoje para levar informações para as nossas crianças que estão aí no ensino fundamental e médio. Eu sou já é, Reinaldo. Estou aqui na Agrishow 2023 direto para o Portal Rural News.