O inverno chegou e as baixas temperaturas se tornam grandes vilãs também para a “saúde” das plantas, que são fundamentais para o meio ambiente. Mais do que simples objetos decorativos, esses vegetais são compostos por 80% de água. Esse fator influencia no seu crescimento, no desenvolvimento e na sua reprodução. O frio, por sua vez, acaba afetando seus fluídos, congelando-as e consequentemente matando suas células.
É o que explica o engenheiro agrônomo e gestor do curso de Engenharia Agronômica da Faculdade de Agronegócios de Holambra (FAAGROH), do Grupo UniEduK, Ronan Pereira Machado.
Ainda durante o inverno, de acordo com o Ronan, a maioria das espécies de plantas entra num período de dormência. Ou seja, ela tem seu metabolismo reduzido para suportar o frio e ventos da estação, ficando pronta para a intensa atividade metabólica que virá na primavera.
O mínimo de temperatura que uma planta resiste varia de espécie. As mediterrâneas, por exemplo, toleram entre 10 e 12ºC; enquanto que as tropicais de 20 a 22ºC. Já as espécies que se adaptam bem ao frio aguentam até -5ºC, sem apresentar qualquer problema.
Entre as plantas que mais sofrem com o frio estão as helicônias, as bromélias, as clúsias, a espada de São Jorge, as suculentas e as cactáceas.
“São espécies perenifólias e de região tropical, que apresentam folhas mais largas e que mantém o metabolismo e o desenvolvimento constantes durante todo o ano, independente da época”, explica o engenheiro agrônomo da FAAGROH. “Mas, há também aquelas que são mais resistentes, com as azaleias, camélias, lavandas, hortênsias, rosas e tulipas.
Mesmo com o frio intenso, o engenheiro agrônomo garante que é possível manter aquela plantinha de casa sempre viva e saudável. Para isso, alguns cuidados especiais são necessários. Confira:
“Plantas em vasos e suspensas podem ficar dentro de casa. As que necessitam de sol mais próximo possível da janela. Porém, não tão próxima também, pois as temperaturas extremas podem deixar as janelas bem frias, danificando as plantas”, orienta Ronan.
O momento certo de regá-las é durante a manhã. Assim, elas terão o dia todo para evaporar a água que for absorvida, evitando o acúmulo de umidade durante a noite e impedindo a proliferação de fungos.
A orientação é não realizar adubação, pois o momento é de descanso para as plantas. O adubo irá estimular a brotação e causará um desgaste maior. A época é ideal para fazer a correção do solo. Adube apenas as mais necessitadas, doentes ou em floração, dando preferência aos produtos orgânicos para não causar toxidez e maior acidez ao solo.
O inverno é o período em que as plantas precisam de podas de limpeza. Após a realização do serviço, a pulverização com fungicida, deve reduzir o aparecimento de doenças.
Por fim, o engenheiro agrônomo da FAAGROH recomenda que retire as folhas amareladas e os galhos secos e mal formados. Isso favorece a penetração dos raios solares entre os galhos.
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