Os contratos negociados com milho na Bolsa de Chicago chegam ao intervalo desta manhã de terça-feira em alta de 5 a 6 pontos nos primeiros vencimentos, a U$ 4,98/setembro. Ontem, as posições mais próximas fecharam com ganhos de 5 cents. Na BMF, julho opera em R$ 54,80 (+0,5%) e setembro, em R$ 56,30 (+0,5%).
Apesar da melhora das condições com o clima durante o mês de julho, período mais crítico para a formação das espigas e grãos.
Levantamento do USDA indica melhora de 4 pontos na qualidade das lavouras norte-americanas de milho. As áreas tidas como boas/excelentes somam 55%, ante 51% da semana anterior. No mesmo ponto do ano passado era 64%. Além disso, trinta e um por cento são consideradas regulares e 14%, ruins/péssimas.
Em relação ao estágio, 22% das áreas entraram em floração, ante 14% de um ano atrás e 21% de média histórica. Três por cento entraram em formação dos grãos, contra 2% do mesmo ponto do ano anterior.
O Index, cujo valor 100 representa normalidade na evolução das lavouras, subiu dois pontos, está em 97, ante 95 da semana passada; no mesmo ponto de 2022, era de 101.
Nesta quarta-feira, o USDA vai apresentar o relatório mensal de oferta e demanda referente a julho. O mercado espera a produção norte-americana de milho em 384,8MT, queda no comparativo com as 387,7MT do relatório de junho. A queda não é tão expressiva pois, apesar da seca deste início de estação, houve significativo aumento de área, de aproximadamente 1,0MH – o que acaba por limitar as perdas quando se trata da colheita total. Em consequência, os estoques finais tendem a sofrer cortes.
A colheita da safrinha brasileira de milho chega a 29,3%, indica o novo levantamento da CONAB, ante 39,8% do mesmo ponto do ano passado.
No Mato Grosso, de acordo com o IMEA, a comercialização do milho chega a 53,5%. Na mesma semana de 2022, o índice era de 63,6%. A colheita já ultrapassa os 50%. A safra 2023/24 tem um índice de negociação antecipada de 4,7%.
Internamente, com o avanço da colheita e com o aumento da disponibilidade, os preços ficam ainda mais dependentes das cotações internacionais, resultantes da equação entre CBOT, câmbio e prêmios – num ano que o país precisa exportar pelo menos 50,0MT. Por esta razão, as oscilações nestas variáveis terão influência direta na formação do preço, inclusive nas negociações para o consumo interno. O monitoramento sobre o comportamento do clima nos campos do Meio Oeste será fundamental daqui para frente.