HOME | AGRICULTURA | Mercado | Publicado em 25/11/2024
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Cotações do milho devem continuar em queda nesta semana
Com a continuidade da colheita, somado ao plantio e ao desenvolvimento da safrinha 2022 de forma satisfatória, as cotações de milho oderão buscar níveis ainda mais baixos
Segundo dados do boletim ANÁLISE DO ESPECIALISTA, um informativo da plataforma Grão Direto que fornece dados que auxiliam na tomada de decisão da venda e compra dos grãos, a semana passada foi marcada por fortes quedas do soja em Chicago, atingindo níveis de fevereiro deste ano. A bolsa americana fechou a semana valendo US$15,80 dólares por bushel (-7,55%), no contrato com vencimento em maio/2022. A queda foi ocasionada, principalmente, pelo anúncio dos relatórios de intenção de plantio da nova safra da oleaginosa nos EUA.
O USDA indicou que cerca de 36,8 milhões de hectares serão plantados com soja, resultando em um aumento de 4%, se comparado a de 2021. Esses números mostram, pela primeira vez na história, uma safra com plantio de mais oleaginosa do que milho, resultando em recorde de área de soja. A possível evolução do acordo entre Rússia e Ucrânia foi outro fator que pressionou as cotações da bolsa americana.
Já o dólar fechou mais uma semana em queda, sendo cotado a R$4,65 (-1,68%), atingindo níveis de março/2020. A taxa Selic, que hoje está em 11,75% ao ano, torna o retorno dos investimentos de baixo risco no Brasil muito atrativo para os investidores internacionais. Esse movimento fortalece o real, diante do dólar. Com a queda do dólar e Chicago, houve uma desvalorização generalizada da soja disponível e futura em todas as regiões do Brasil.
O que esperar do mercado para essa semana?
Na semana passada, o mercado de milho continuou aquecido. A colheita da safra 21/22 ainda continua em algumas regiões, pressionando as cotações do mercado físico, que tiveram mais uma semana de desvalorização. Paralelo a isso, o plantio e desenvolvimento da safrinha 2022 continua satisfatório, trazendo um certo otimismo para minimizar a situação crítica de oferta.
No mês de março, o país importou mais milho do que exportou, fortalecendo o movimento de queda nas cotações, devido a maior oferta interna. Um número que chama muita atenção é o fechamento de exportação de março, que teve apenas 4,8% do milho registrado em março/21, ou seja, 292.013,2 toneladas de 2021 contra 14.278,9 toneladas desse ano, de acordo com a
Secretaria de Comércio Exterior (Secex)
Por falar em mercado externo, a Bolsa de Chicago (CBOT) finalizou a semana com uma queda de 2,71%, encerrando a $7,33 dólares por bushel. Já o dólar fechou a semana com uma queda de 1,68%, valendo R$4,65. No cenário de dólar e Chicago em queda, as exportações ficam menos atrativas, conforme dados oficiais disponibilizados pelo Secex anteriormente citados.
Com a continuidade da colheita nesta semana somado ao plantio e ao desenvolvimento da safrinha 2022 de forma satisfatória, as cotações de milho oderão buscar níveis ainda mais baixos na próxima semana. Tudo isso levando em consideração que as exportações de milho em abril, historicamente são mais baixas, e dessa forma a oferta interna poderá continuar alta.
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