Os preços do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) , iniciaram a semana de segunda-feira, 06/02, com ligeira baixa, a U$ 6,76/março. Na sexta-feira foram registrados ganhos modestos. A BMF trabalha em R$ 88,50/março (-0,25%) e R$ 86,70/ julho (-0,15%).
O analista de mercado, Camilo Motter da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR, destaca que como fator negativo, o mercado observa a alta do dólar, o que reduz a competitividade do milho norte-americano, e chuvas benéficas na Argentina. Positivamente, há o atraso do plantio do milho safrinha no Brasil. Em algumas regiões do país, o clima colaborou neste fim de semana e permitiu que a colheita da soja avançasse, abrindo espaço para a aceleração na implantação das lavouras de milho.
O USDA irá divulgar o relatório de oferta e demanda referente a fevereiro, neste meio de semana. O mercado espera um novo e agressivo corte na produção da Argentina, para algo como 48,0MT. Com a revisão da colheita argentina, os estoques mundiais são esperados com ajustes negativos.
Casos de gripe aviária são reportados em vários países da América do Sul, causando enorme preocupação. Relatos indicam que o país mais afetado é a Bolívia, mas foram detectados casos na Venezuela e Peru. Os governos da Argentina e Brasil, que fazem fronteira com alguns desses países estão em alerta. O Brasil é, de longe, o principal produtor e exportador de carne de frango e de ovos.
Motter ressalta que colheita do milho verão segue avançando no RS e, nesta altura, já ultrapassa os 40%. A EMATER avalia que as perdas por estiagem são generalizadas. As regiões menos afetadas registram queda na produção na ordem de 10% a 15%; já as regiões mais castigadas registram perdas superiores a 50%.
De acordo com IMEA, o plantio de milho no estado do MT chega a 16,4% (5,9% na semana anterior), ante 41,9% de mesmo ponto do ano passado.