Os preços do milho iniciaram a manhã de quinta-feira, 19/01, na Bolsa de Chicago (CBOT), levemente no campo negativo, a 6,80/março. A BMF trabalha em R$ 91,20/março (-0,4%) e R$ 87,80/ julho (-0,55%).
Segundo o analista de mercado, Camilo Motter, da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR, os fatores que estão pesando negativamente nos mercados são as previsões de chuvas na América do Sul, especialmente em partes da Argentina, bem como a queda dos preços do petróleo.
Segundo a Agrisensus, as importações de milho por parte da China, em 2022, caíram aproximadamente 27% em relação ao ano anterior, de 28,3MT para 20,6MT.
Segundo relatório agrometeorológico mensal do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA), muitas áreas estão com plantio atrasado na Argentina devido à falta de chuvas, podendo até haver diminuição da área cultivada. Há previsão de chuvas em algumas regiões nos próximos dias, entretanto, as avaliações indicam que as lavouras já sofreram sérios danos.
De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul, a Apromilho, a safra de milho verão no estado pode ter quebra de até 50% devido à estiagem.
Camilo destaca que crescem as preocupações com a lentidão da colheita de soja, sobretudo no estado do Mato Grosso. Além de certo atraso no plantio, o excesso de chuvas não permite um rápido avanço dos trabalhos de campo. Esta conformação tende a alongar o período de plantio da safrinha e parte das áreas pode ser semeada fora da janela ideal.