Os contratos negociados com milho na Bolsa de Chicago (CBOT) chegam ao intervalo nesta manhã de segunda-feira (15/05) com ganhos de 5 cents/julho, a U$ 5,92/julho. Na sexta-feira, a CBOT encerrou com alta de 7 pontos; na semana, porém, as perdas chegaram a quase 2%. Na BMF, maio opera em R$ 58,70 (+0,7%) e julho em R$ 58,50 (+1,4%). Petróleo em alta e bolsas europeias mais animadas dão o tom positivo do mercado.
De acordo com o analista de mercado Camilo Motter, da Corretora Granoeste de Cascavel/PR o mercado segue digerindo o relatório mensal de oferta e demanda divulgado pelo USDA na sexta-feira. De maneira geral, a projeções são baixistas, embora em grande parte já esperadas pelo mercado.
A produção de milho dos EUA, para a temporada 2023/24, é projetada em 387,7MT, com exportações de 53,3MT, esmagamento para etanol de 134,6MT e estoques finais de 56.4MT (o mercado esperava estoques de 51,6MT). Na última temporada, a produção ficou em 348,7MT, com exportações de 45,1MT, esmagamento para etanol de 133,4MT e estoques finais de 36,0MT.
VEJA TAMBÉM:
A produção mundial é esperada com um aumento de cerca de 70,0MT, para 1.219,0MT na próxima estação, com consumo estimado em 1.204,1MT e estoques finais de 312,9MT (esperado era 307,5MT). Na última temporada a produção global ficou em 1,150,2MT, com consumo de 1.160,9MT e estoques finais de 297,4MT. De maneira geral, mais produção combinada com mais estoques finais.
A próxima safra brasileira, de acordo com o relatório do USDA, é esperada em 129,0MT, com exportações de 55,0MT e consumo interno de 76,5MT. Já, a produção deste ano foi prevista em forte alta, com mais 5,0MT, para 130,0MT, com exportações de 53,0MT e consumo doméstico de 74,0MT.
A Argentina deve voltar à normalidade, com produção estimada na próxima estação em 54,0MT, com exportações de 40,5MT. Neste ano, a produção está avaliada em 37,0MT, com exportações de 25,0MT.
Mercado Interno
Mercado interno se mantém lento e pressionado, com cotações nos patamares mínimos em quase três anos. Tudo indica que os preços encontraram um piso onde devem se situar no decorrer.
No entanto, segue o interesse por vendas para desocupar armazéns; além disto, avanço da colheita de verão, bom aspecto das lavouras de safrinha e acomodação das cotações internacionais prevalecem na formação do preço doméstico.