A cidade de São Paulo ocupou nesta semana o topo da lista de locais com o ar mais poluído do mundo, conforme monitoramento em tempo real da empresa suíça IQAir.
O ranking, que acompanha o índice de qualidade do ar em 120 metrópoles, indicou 158 pontos para a capital paulista, colocando-a na categoria “insalubre”.
A situação no estado segue em níveis preocupantes, refletindo não apenas em impactos na saúde pública, mas também com potenciais danos no setor agrícola.
Esse cenário não se limita ao ambiente urbano. As regiões rurais do estado de São Paulo, junto com outros polos agrícolas do Brasil, enfrentam uma combinação de fatores prejudiciais: a poluição atmosférica crescente e o aumento das queimadas.
As mudanças no clima e a piora na qualidade do ar têm desafiado o agronegócio, especialmente em termos de produtividade e sustentabilidade. As culturas estão cada vez mais expostas a condições adversas, o que gera necessidade de adaptação e uso de tecnologias específicas.
Além da poluição, a recorrente incidência de queimadas tem se tornado uma ameaça para o setor.
Segundo dados recentes, o Brasil vive um período crítico de seca, que agrava a ocorrência de incêndios florestais e afeta diretamente a produção agrícola.
As plantações, por exemplo, podem ter seu desenvolvimento comprometido pela falta de chuvas e pelo aumento da poluição, gerando perdas econômicas significativas e aumento nos preços para o consumidor final.
O Brasil, segundo projeções do Bank of America (BofA), pode enfrentar uma onda de calor severa entre setembro e novembro.
Há mais de 50% de probabilidade de se registrar temperaturas elevadas e baixa precipitação nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o que caracteriza o final da estação seca.
Essas condições agravam a ocorrência de queimadas, com efeitos devastadores para o agronegócio. Com a umidade relativa do ar baixa e o aumento das temperaturas, o risco de incêndios cresce, o que impacta diretamente as plantações e a pecuária.
A combinação de seca e queimadas coloca o país diante de uma das estações de queimadas mais intensas da história. Para o agronegócio, a perda de áreas produtivas e a redução da qualidade do solo são desafios graves.
Além disso, a fumaça gerada pelos incêndios compromete a capacidade de crescimento das plantas, reduzindo a fotossíntese e, consequentemente, a produtividade agrícola.
Os prejuízos para os produtores podem se acumular, gerando um ciclo de danos a longo prazo.
A sustentabilidade no agronegócio, diante desse cenário, torna-se um ponto central de preocupação. Francisco reforça a importância de investimentos em tecnologias agrícolas mais eficientes e na gestão adequada dos recursos naturais.
O agronegócio está em um momento decisivo para garantir sua sustentabilidade. O uso de produtos que promovam o manejo sustentável do solo e a redução da emissão de gases poluentes é essencial para enfrentar essas mudanças.
Além disso, os produtores precisam adotar práticas de conservação ambiental que ajudem a mitigar os impactos da seca e das queimadas.
Soluções como a irrigação de precisão e o uso de insumos biológicos contribuem não apenas para a produtividade, mas também para a preservação dos recursos naturais. Esse é o caminho para garantir que o setor continue crescendo de maneira sustentável.