Os preços do milho na Bolsa de Chicago (CBOT), iniciaram a manhã de terça-feira, 21/03, operando com alta de 4 cents, cotados em U$ 6,37/maio. Ontem, houve ganhos entre 1 e 2 cents. A BMF trabalha em R$ 85,65/maio (-0,3%) e R$ 86,15/ julho (-0,2%).
Segundo o analista de mercado, Camilo Motter da Corretora Granoeste de Cascavel/PR, com o Brasil entrando no período de entressafra, a China volta a intensificar as compras de milho norte-americano. Entre janeiro e fevereiro foram negociadas, entre os dois países, 2,35MT. A China também adquiriu 1,18MT da Ucrânia neste no mesmo intervalo. Porém, apesar de o Brasil ter sua logística voltada para a soja, o volume exportado para a China no bimestre foi bastante expressivo, ficando em 1,48MT.
O USDA informou ter inspecionado o embarque de 1,19MT de milho na semana passada. No acumulado, as exportações seguem bastante atrasadas – somam 17,5MT, ante 27,4MT do mesmo intervalo do ciclo passado.
De acordo com a SECEX, as exportações de milho brasileiro em fevereiro somam, até aqui, 0,88MT. Em março do ano passado, o volume exportado foi de apenas 14 mil toneladas.
De acordo com Safras & Mercado, a colheita de milho verão chega a 47,2%, ante 56,3% da mesma época da temporada anterior e 47,4% de média histórica.
Ainda segundo a agência Safras, o plantio de milho safrinha atinge 85,1% em nível de Brasil, contra 94,4% de mesmo período no ano passado e média de 91,7%.
Motter destaca que o mercado interno se mantém lento, com bom volume de oferta e redução drásticas das exportações – cuja logística está voltada para os embarques de soja. As integrações se mostram bastante abastecidas e buscam por preços mais atrativos e com embarques alongados. A logística, focada essencialmente na safra recorde de soja, faz com que os preços dos fretes subam de forma acentuada e cortem as indicações de preço no FOB também para o milho.