Milho segue pressionado em Chicago, mas câmbio e demanda sustentam os preços no Brasil com indicativos ativos no Paraná
O milho segue pressionado em Chicago, mesmo após uma leve recuperação na quarta-feira. Nesta quinta-feira, a posição setembro registra nova queda de 2 pontos, sendo negociada a US$ 3,90 por bushel. Ontem, o mercado chegou a encerrar com ganhos entre 1 e 2 pontos, após uma longa sequência de baixas consecutivas.
No entanto, essa oscilação positiva não se sustentou. A perspectiva de uma grande oferta global — impulsionada por safras cheias nos Estados Unidos e no Brasil — continua limitando qualquer chance de reação mais consistente nos preços internacionais. Ainda assim, começa a surgir algum interesse por parte dos fundos, que avaliam retomar posições após as recentes perdas acumuladas.
Além disso, o volume de exportações americanas da última semana atingiu 2,23 milhões de toneladas, considerando os embarques das duas temporadas.
No Brasil, a situação é ligeiramente distinta. Embora o cenário internacional pese sobre os preços, fatores como o câmbio e a demanda regional mantêm as indicações ativas. A Bolsa B3 registra nesta quinta-feira cotações praticamente estáveis: R$ 66,80 para setembro e R$ 69,50 para novembro.
De acordo com a Granoeste, as cotações chegaram a subir quase 3% na última sessão, em resposta à decisão do governo dos EUA de manter o etanol brasileiro fora da lista de produtos com tarifas elevadas.
No oeste do Paraná, as indicações de compra variam entre R$ 55,00 e R$ 57,00. Já em Paranaguá, os valores oscilam de R$ 64,00 a R$ 67,00, dependendo do prazo de pagamento e da localização dos lotes.
Outro ponto de apoio para os preços domésticos é o câmbio. O dólar opera em alta nesta quinta-feira, cotado a R$ 5,61, frente ao fechamento anterior de R$ 5,588.
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