Soja recua na CBOT com avanço da colheita nos EUA e impasse comercial com a China, pressionando preços e mantendo mercado em queda
A soja segue pressionada na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta terça-feira (30). A posição novembro recua para US$ 10,07 por bushel, com perdas de 3 pontos. Segundo análise da Granoeste Corretora, setembro deve terminar com desvalorização próxima de 5%.
O mercado internacional reage ao avanço da colheita nos Estados Unidos, que aumenta a disponibilidade global do grão. Além disso, o impasse comercial entre China e EUA segue sem solução. Rumores apontam que, sem um acordo, os chineses podem reduzir as compras no mercado norte-americano, o que pressiona ainda mais os preços.
O processamento da soja pelas indústrias dos EUA atingiu 5,17 milhões de toneladas em agosto, volume acima das expectativas e superior ao registrado no mesmo mês do ano passado (4,30 milhões de toneladas).
Logo mais, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgará o relatório trimestral de estoques, que marca o início de uma nova temporada a partir de 1º de setembro. O mercado espera queda nos estoques em relação ao ciclo anterior.
A colheita da safra norte-americana alcançou 19% da área, contra 24% no mesmo período de 2024 e 20% da média histórica. Em relação à qualidade, 62% das lavouras foram avaliadas como boas ou excelentes, 27% como regulares e 11% como ruins ou péssimas. No mesmo ponto do ano passado, os índices eram 64%, 25% e 11%, respectivamente.
Atualmente, cerca de 79% das plantações entraram na fase de maturação, percentual igual ao do ciclo anterior.
No Brasil, os prêmios nos portos variam entre 160 e 180 pontos no mercado spot e entre 170 e 190 para embarques em novembro. As indicações de compra no oeste do Paraná estão entre R$ 129,00 e R$ 133,00 por saca. Em Paranaguá, os valores variam de R$ 136,00 a R$ 138,00, dependendo do prazo de pagamento e da janela de embarque.
De acordo com a Granoeste, as cotações domésticas seguem acompanhando o movimento internacional, com atenção ao comportamento da demanda chinesa e ao andamento da colheita norte-americana nas próximas semanas.
Possui graduação em Jornalismo pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos(1981), graduação em Economia pela Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Cascavel(1985), especialização em Teoria Econômica pela Universidade Federal do Paraná(1989) e mestrado em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina(2001). Tem experiência na área de Economia. Atuando principalmente nos seguintes temas:Maximização da Renda, Informação, Comercialização. É diretor da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR.