Milho registra leve alta em Chicago com avanço da colheita nos EUA e câmbio em queda
Movimento de recuperação é sustentado pela demanda norte-americana, enquanto tensões entre China e EUA seguem no radar dos investidores
Os preços do milho iniciaram a quinta-feira (9) em leve alta nos contratos futuros da Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com a Granoeste Corretora, a posição dezembro era cotada a US$ 4,17 por bushel, com ganhos de até 3 cents no fechamento anterior.
Na B3 (antiga BMF), o cenário foi de estabilidade. O contrato para novembro operava em R$ 67,50, praticamente igual ao fechamento anterior (R$ 67,55), enquanto janeiro trabalhava a R$ 70,45, ante R$ 70,47 no dia anterior.
As tensões comerciais entre China e Estados Unidos continuam a influenciar o mercado global. No entanto, a China colocou em pauta um tema sensível para Washington: a possível limitação das exportações de terras raras, insumos fundamentais para a indústria de tecnologia. Essa movimentação pode pressionar o governo norte-americano a flexibilizar posições em outras áreas, o que gera expectativa nos mercados agrícolas.
Enquanto isso, a colheita de milho nos Estados Unidos segue avançando e já deve ter alcançado entre 50% e 60% da área total. A ausência dos boletins oficiais do USDA mantém o mercado sem dados precisos, mas o desempenho da safra segue satisfatório. Diferentemente da soja, o milho norte-americano mantém forte demanda, o que levou os produtores a adotar uma postura mais cautelosa nas vendas.
Mercado interno e câmbio
No Brasil, o mercado segue travado, ainda que com um ligeiro aumento no volume de ofertas. No Oeste do Paraná, as indicações de compra variam entre R$ 59,00 e R$ 60,00. Em Paranaguá, os preços estão entre R$ 67,00 e R$ 69,00, dependendo do prazo de pagamento e da localização do lote.
O câmbio opera em queda, cotado a R$ 5,44 nesta manhã, ante R$ 5,462 no fechamento anterior. A desvalorização do dólar contribui para limitar ganhos nas cotações internas do cereal.

Camilo Motter
Possui graduação em Jornalismo pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos(1981), graduação em Economia pela Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Cascavel(1985), especialização em Teoria Econômica pela Universidade Federal do Paraná(1989) e mestrado em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina(2001). Tem experiência na área de Economia. Atuando principalmente nos seguintes temas:Maximização da Renda, Informação, Comercialização. É diretor da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR.