Milho recua em Chicago com grande oferta dos EUA e câmbio em baixa
Preços perdem força após ganhos da sessão anterior, enquanto mercado aguarda relatório do USDA e mantém estabilidade no Brasil
O milho iniciou a quinta-feira (6) em leve queda na Bolsa de Chicago (CBOT), segundo análise da Granoeste Corretora. O contrato com vencimento em dezembro operava a US$ 4,33 por bushel, recuando 2 pontos. Na sessão anterior, os primeiros vencimentos já haviam registrado perdas entre 3 e 4 cents.
Na B3, o comportamento também é de leve ajuste. O contrato de novembro era negociado a R$ 68,25, ante R$ 68,44 no fechamento anterior, enquanto janeiro estava em R$ 71,80, ligeiramente acima dos R$ 71,77 do dia anterior.
De acordo com a Granoeste, os mercados paralelos em queda e a grande oferta norte-americana limitam o avanço das cotações, mantendo os preços dentro de uma faixa estreita. A colheita da safra dos Estados Unidos está na reta final, e o mercado aguarda com expectativa o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura (USDA), previsto para o próximo dia 14. O documento deve confirmar o impacto das perdas de qualidade relatadas nas lavouras norte-americanas.
Mercado doméstico estável
No Brasil, o mercado de milho segue estável, sem grandes movimentações. O plantio da safra de verão atingiu cerca de 70%, ligeiramente abaixo do ritmo observado em anos anteriores. Apesar disso, os preços permanecem equilibrados em boa parte das praças.
No oeste do Paraná, as indicações de compra variam entre R$ 59 e R$ 61 por saca. Em Paranaguá, as ofertas estão entre R$ 67 e R$ 70, dependendo do prazo de pagamento e das condições de entrega.
Câmbio influencia o cenário
O dólar também opera em baixa, cotado a R$ 5,34 na manhã desta quinta-feira. Na sessão anterior, a moeda americana encerrou o dia em R$ 5,361, queda de 0,7%. A desvalorização reflete a manutenção dos juros no Brasil, que mantém o país atrativo para capitais externos. Além disso, a nota recente do Banco Central reforça a expectativa de juros altos por um período mais prolongado.

Camilo Motter
Possui graduação em Jornalismo pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos(1981), graduação em Economia pela Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Cascavel(1985), especialização em Teoria Econômica pela Universidade Federal do Paraná(1989) e mestrado em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina(2001). Tem experiência na área de Economia. Atuando principalmente nos seguintes temas:Maximização da Renda, Informação, Comercialização. É diretor da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR.