Mercado do milho inicia semana pressionado, mas indicações internas têm leve reação
CBOT opera em baixa nesta segunda-feira, enquanto mercado brasileiro mostra recuperação gradual nas indicações de compra
O mercado de milho começou a semana com leves baixas na Bolsa de Chicago. Na manhã desta segunda-feira, o contrato dezembro operava em queda de 3 pontos, a US$ 4,22 por bushel. Já na semana anterior, as perdas acumuladas chegaram a 1,5%.
Na B3, os preços mostravam estabilidade: janeiro negociado a R$ 71,30 (ante R$ 71,20 do fechamento anterior) e março a R$ 71,60 (anterior R$ 72,50). De acordo com a Granoeste, o movimento segue influenciado pela acomodação das cotações do petróleo e pelo desempenho negativo de outras commodities.
Apesar da pressão, as exportações norte-americanas continuam fortes, em ritmo muito superior ao registrado no ciclo passado, impulsionadas também pelo aumento da produção de etanol. Por outro lado, a oferta global segue robusta: os Estados Unidos colhem uma safra recorde de 425,5 milhões de toneladas, avanço de 12,5% ante as 378,3 milhões do ano anterior.
Safra brasileira avança, mas ritmo é mais lento
O plantio da safra de milho verão no Centro-Sul do Brasil alcançou 88,1%, abaixo dos 95,2% registrados no mesmo período do ano passado e da média histórica de 90,7%, segundo a consultoria Safras. O Paraná e Santa Catarina já concluíram os trabalhos; o Rio Grande do Sul chegou a 99,8%; e Minas Gerais avança para 70,6%.
No mercado interno, o vendedor permanece retraído, mas os preços começam a reagir nos últimos dias. Poucos negócios são reportados e, quando ocorrem, compradores têm elevado suas indicações para viabilizar acordos.
No oeste do Paraná, as ofertas de compra variam de R$ 60,00 a R$ 62,00. Em Paranaguá, as indicações ficam entre R$ 68,00 e R$ 70,00, dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também da localização do lote.
Câmbio opera em leve queda
O dólar opera em baixa neste início de semana, cotado a R$ 5,38. Na sessão anterior, a moeda havia encerrado o dia a R$ 5,40.

Camilo Motter
Possui graduação em Jornalismo pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos(1981), graduação em Economia pela Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Cascavel(1985), especialização em Teoria Econômica pela Universidade Federal do Paraná(1989) e mestrado em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina(2001). Tem experiência na área de Economia. Atuando principalmente nos seguintes temas:Maximização da Renda, Informação, Comercialização. É diretor da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR.