A iniciativa tem como objetivo reduzir a subjetividade na classificação de grãos e validar tecnologias que tragam mais precisão ao processo
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), iniciou testes de campo com um equipamento automatizado de classificação de soja. O objetivo é reduzir a subjetividade e validar tecnologias mais precisas.
Os testes começaram em 3 de outubro na Cooperativa Cooperante, em Campo do Tenente; seguiram no dia 6, na Frísia, em Ponta Grossa; e, no dia 7, na Agrária, em Guarapuava. Assim, a equipe avalia o equipamento em diferentes ambientes de produção.
Tiago Pereira, assessor técnico da CNA, explicou que o equipamento analisou amostras comerciais em fase de expedição para o Terminal Portuário de Paranaguá. “Dessa forma, verificamos o desempenho em condições reais. Assim, reduzimos a subjetividade e aumentamos a confiabilidade das análises”, afirmou.
Para Ana Paula Kowalski, coordenadora técnica da Faep, o projeto reforça o protagonismo do Paraná em inovação e qualidade na produção de grãos. “O estado foi escolhido por sua relevância e pela forte integração entre cooperativas e produtores. Portanto, o ambiente se mostra ideal para validar a tecnologia”, destacou.
O equipamento utiliza tecnologia de infravermelho (NIR) e aprendeu a reconhecer parâmetros que definem tipos e defeitos da soja. Mauro Cezar Barbosa, consultor da CNA, explicou que a calibração segue o padrão definido pelo Mapa.
O projeto conta com o apoio do HUB CNA de Inovação, que coordena a parceria com empresas de tecnologia. Danielle Leonel, gerente de inovação do HUB CNA, destacou que testes como este aproximam inovação e campo, identificam tecnologias que agregam valor e fortalecem a competitividade do agro brasileiro.