Os preços do milho na Bolsa de Chicago (CBOT), operam em linha com o fechamento de ontem, na manhã de quinta-feira, 09/02, a U$ 6,78/março. A BMF trabalha em R$ 87,35/março (0,0%) e R$ 87,60/ julho (+0,5%).
Os números do USDA, no relatório mensal de oferta e demanda de fevereiro, vieram sem surpresas e dentro do que analistas esperavam. Segundo o analista de mercado Camilo Motter da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR, os dados mais aguardados eram em relação à safra argentina, tanto de soja quanto de milho. E de fato, o USDA reduziu a estimativa para safra local de milho em 5,0MT, caindo de 52,0MT previstas em janeiro para 47,0MT; no ano passado foram colhidas 49,5MT.
Os estoques finais norte-americanos foram previstos em elevação, de 31,54MT em janeiro, para 32,17MT.
Ao mesmo tempo, a projeção dos estoques finais mundiais sofreu leve redução, passando de 296,4MT para 295,3MT; ao final do ciclo anterior, os estoques eram de 306,3MT.
Motter informa que estimativa para a safra brasileira foi mantida em 125,0MT, ante 116,0MT do ciclo passado, com exportações sendo estimadas em 50,0MT, ante 47,0MT do mês passado e 48,0MT na última estação.
Segundo números do USDA, a produção brasileira e argentina juntas, na temporada passada, somaram 165,6MT; para 2022/23, está projetada em 172,0MT, cerca de 6,5MT a mais.
Contudo, levantamento realizado em fevereiro pela Bolsa de Cereais de Rosário indica que o cenário argentino é bastante delicado e tende a comprometer as projeções do USDA. A produção de milho está prevista agora, pela entidade, em 42,5MT, queda de 7,5MT em comparação com os dados apresentados em janeiro. É o menor volume dos últimos cinco anos e fica bem abaixo das cerca de 50,0MT produzidas na temporada anterior. O clima volta a ficar seco e não há previsão de chuvas significativas para os próximos dias.