A China entra nesta segunda feira, possivelmente na quinta semana consecutiva, fora do mercado de grãos do país. Isso talvez seja inédito e não tenha acontecido em nenhuma outra época desde que o país asiático se tornou o maior cliente brasileiro, principalmente de soja. Na semana passada, as consultorias especializadas estavam arrancando os cabelos para tentar entender porque é que a China não está comprando soja do Brasil e isso está pressionando as cotações para baixo.
Na semana passada, inclusive, houve negociações a R$ 102,50, bem abaixo dos R$ 145 praticados no final de novembro e no começo de dezembro. A explicação que se encontrou foi que a China está preferindo comprar a Argentina, país que está com 25 milhões a mais de toneladas de grão de grãos de soja, despejando no mercado um volume que é praticamente o dobro de toda a sua produção da safra anterior, quando o país foi castigado por fenômenos climáticos.
Agora é a vez do Brasil. Estamos iniciando uma safra com um grande número de problemas no Sul. Primeiro estiagem, depois chuvas em excesso, principalmente no Paraná, na região norte e noroeste. A estiagem e o forte calor no Centro-Oeste, atingindo principalmente Mato Grosso, partes do Mato Grosso do Sul e o Matopiba. Todos prejudicados por efeitos do fenômeno El Niño.
Para piorar, o Brasil tem uma condição hoje que necessita da exportação. O produtor brasileiro, que teve números elevadíssimos em termos de produção na safra passada, tinha a soja para negociar. E aí aqueles que não travaram negócios, aqueles que não travaram contratos e preço, estão precisando colocar essa soja no mercado. O que naturalmente vem aí. A próxima safra é colocar a soja da safra 23, 20, quatro Em que locais?
Já que temos graves problemas não só de logística de transporte, mas de armazenamento, Então a desova está pressionando as cotações. Muito preocupante...