Os preços do milho na Bolsa de Chicago (CBOT), iniciaram a manhã de quarta-feira 15/02m operando em queda de 4 cents, a U$ 6,78/março. A BMF trabalha em R$ 88,75/março (-0,1%) e R$ 90,60/ julho (-0,2%).
De acordo com o analista de mercado, Camilo Motter, da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR, a China trabalha para aumentar a produção de milho e, com isso, diminuir a dependência das importações, que têm sido crescentes, ficando próximas a 30,0MT em anos recentes. A produção local de milho está avaliada, pelo USDA, em 277,2MT neste ano; 272,5MT no ano passado e 260,7MT no ano retrasado. Já, o consumo interno está bem acima da produção e é estimado, neste ano, em 297,0MT; no ano passado foi de 291,0MT e, no retrasado, em 285,0MT.
Mercado segue atento ao clima na América do Sul, que recebe melhores chuvas em pontos críticos, e nas tensões no Leste Europeu.
O analista destaca que pesam também na formação do preço a queda de mais de 1% no petróleo e a força do dólar frente a outras moedas, o que diminui a competitividade do produto estadunidense perante os importadores.
O governo mexicano havia proposto estudos para banir totalmente o consumo do milho GMO no país. Mas, depois de muitas tensões com os EUA, que é o principal fornecedor do grão, o governo voltou atrás e manteve o uso para ração animal e indústrias. Contudo, para o consumo humano segue a ideia de continuar com o uso somente de produto não GMO. O México produz cerca de 27,0MT e importa, todos os anos, algo como 17,0MT, praticamente tudo dos EUA.
Nas projeções da ANEC, o Brasil poderá exportar 2,1MT de milho em fevereiro; em janeiro foram quase 6,5MT. Os embarques tendem a ficar mingados no período entre fevereiro e julho por duas razões básicas: redução da oferta doméstica e dedicação de todo o sistema logístico para a exportação de soja.