O Brasil, que já esteve entre os maiores exportadores de cacau, hoje ocupa a sexta posição global com produção ainda insuficiente para abastecer o parque industrial do país. Por isso, com objetivo de buscar soluções inovadoras para os principais desafios da cacauicultura brasileira, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou a chamada Cacau Conecta AgTechs 2022.
A chamada de startups vai promover o encontro de AgTechs e investidores para networking, visibilidade e oportunidades de negócios, cujos produtos ou serviços apresentados buscam soluções para gargalos identificados na cadeia produtiva do cacau, em sintonia com a tendência mundial de sustentabilidade.
A meta do setor cacaueiro é atingir a autossuficiência na produção da amêndoa até 2025, e até 2030 o Brasil se destacar ainda mais como produtor de cacau e chocolate de qualidade, conservando o meio ambiente.
Segundo a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), que abrange as três maiores indústrias moageiras, a capacidade instalada na Bahia permite a moagem de 275 mil toneladas de amêndoas de cacau por ano.
Estima-se que a capacidade de processamento de cacau no Brasil é superior a 300 mil toneladas de amêndoas/ano. Como o país apresenta produção anual abaixo dessa capacidade, com média de 209 mil toneladas/ano nos três últimos anos (2019/2020/2021), as indústrias brasileiras precisam importar cacau para reduzir a ociosidade.