O Radar Agro, boletim períodico produzido pela equipe do Itaú/BBA fez um monitoramento das importações de fertilizantes pelo Brasil e mostrou que, após o fechamento de 2022 com o volume de importações diminuindo o ritmo na 2ª metade do ano e acumulando 35,1 milhões de toneladas, 8,5% abaixo de 2021, o primeiro mês de 2023 apresentou volumes maiores que jan/22 em 5,5%, atingindo 2,3 milhões de toneladas.
Segundo os técnicos, as principais origens das importações brasileiras em janeiro foram Rússia, com 28% do volume total, China com 16% e Omã com 9%. A ureia foi o produto com maior volume no mês com 679 mil toneladas, representando um aumento de 66,5% no comparativo com janeiro de 2022.
O boletim informa que com as recentes quedas de preços dos fertilizantes e a valorização ou manutenção dos preços das commodities, principalmente soja e milho, as relações de troca voltaram aos patamares próximos da média dos últimos 5 anos. Neste sentido, é possível que o volume entregue ao mercado em 2023 seja maior do que 2022, mesmo com as negociações ainda arrefecidas no inicio desse ano.
Em 2022, segundo a ANDA (Associação Nacional para a Difusão de Adubos) o volume entregue ao
O ponto de atenção para os próximos meses será a entrada dos EUA e da Europa nas compras no
mercado internacional, o que pode aquecer o mercado. Além disso, um eventual recrudescimento da
guerra entre Rússia e Ucrânia, problemas geopolíticos envolvendo a China e o acompanhamento dos
preços de energia podem impactar as cotações dos fertilizantes.