Os contratos negociados com milho na Bolsa de Chicago chegam ao intervalo desta manhã de quarta-feira em alta de 23 pontos, a U$ 5,52/setembro. Ontem, as posições próximas fecharam com ganhos entre 27 a 29 cents. Na BMF, setembro opera em R$ 60,10 (+4,2%) e novembro, em R$ 63,25 (+4,2%).
Mercado opera novamente em forte alta devido aos bombardeios que seguem acontecendo no Leste europeu, notadamente nos portos ucranianos do Mar Negro. Isto irá dificultar e até mesmo impossibilitar as exportações oriundas da Ucrânia. A CBOT/milho está nos maiores patamares desde o final de junho.
Outro fator de suporte é o comportamento irregular do clima nos campos de cultivo dos EUA. O mercado trabalha com a possibilidade de novos cortes nos índices de produtividade no relatório de oferta e demanda de agosto.
De acordo com o DERAL, a colheita de milho safrinha no PR atinge 6%. A área semeada é estimada em 2,4MH, com redução de 12% em relação ao ano anterior. Quanto ao estágio, 42% está em frutificação e 58%, em maturação. Quanto à qualidade, 82% são tidas em boas condições, 15% regulares e 3%, ruins.
Internamente, o mercado conta com forte aumento da disponibilidade. O ritmo de negócios é lento; os produtores passam a sintonizar mais de perto os percalços vividos pela safra dos EUA, que já começa a se refletir em alta de preços. Dada a grande oferta brasileira e necessidade de exportações de pelo menos 50,0MT, o piso dos preços fica dependente das cotações internacionais. Além da questão climática, os agentes internos seguem monitorando o andamento dos eventos no Leste Europeu.