O Banco de Alimentos da Ceasa de Curitiba distribuiu 970 toneladas de hortigranjeiros de janeiro a maio deste ano, uma média de 194 toneladas por mês. Entre março, quando começaram a valer as medidas de isolamento social no Paraná, até maio, foram doadas 553,6 toneladas de frutas, legumes e verduras a entidades sociais e a famílias cadastradas no programa.
Há Banco de Alimentos também nas outras unidades atacadistas da Ceasa, onde a distribuição é feita em parceria com as prefeituras de Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu.
“É uma quantidade significativa de alimentos, distribuídos a pessoas em situação de vulnerabilidade, que muitas vezes não têm condições de consumir esses produtos, já que os alimentos in natura muitas vezes são mais caros e a prioridade é comprar os itens da cesta básica”, afirma o presidente da Ceasa, Éder Eduardo Bublitz.
PARCERIA - O programa Banco de Alimentos funciona em parceria com produtores e permissionários. Produtos sem padrão de comercialização, mas em boas condições de consumo, são coletados e repassados a instituições sociais e a famílias que moram no entorno das unidades.
De outra forma, toneladas de alimentos que compõem a mesa dessas pessoas seriam desperdiçados e acabariam nos aterros sanitários.
OUTRAS INICIATIVAS - Junto com outras iniciativas do Governo do Estado, como o Cartão Comida Boa, a Compra Direta Paraná e a distribuição de alimentos da merenda escolar a estudantes cadastrados no Bolsa Família, o programa da Ceasa contribui para manter a comida da mesa da população neste momento.“É mais uma garantia para que as pessoas que estão em dificuldades não passem fome”, afirma Bublitz.
Banco de alimentos ajuda na pandemia
CURITIBA – A demanda pelos alimentos ficou maior com a pandemia, afirma a gerente do Banco de Alimentos de Curitiba, Jaqueline Macedo. As famílias atendidas praticamente dobraram, passando de cerca de 100 para mais de 200 o número das que recebem os produtos semanalmente. O número de entidades cadastradas também aumentou em 30% no período.
“Ampliamos o atendimento, estamos fazendo entregas de manhã e à tarde e agora também aos sábados. Primeiro para evitar aglomeração, mas também porque a procura aumentou muito, com um maior número de pessoas desempregadas que precisam desses alimentos”, explica Jaqueline.
SELECIONADOS - A coleta é feita nos boxes dos permissionários ou no mercado do produtor. Os produtos são então selecionados e separados para serem distribuídos entre creches, orfanatos, hospitais públicos e outras instituições assistenciais cadastradas, além das famílias que vivem nas proximidades.
Eles recebem todos os tipos de hortigranjeiros, em maior quantidade quando se trata de alimentos sazonais. Atualmente, está em alta a distribuição de poncã e mamão.
ESPERANÇA - Mesmo sem poder funcionar durante a pandemia, o Centro Socioeducacional Esperança, que atende 172 crianças no bairro Pinheirinho, na capital, não deixou de prestar assistência às famílias. Os produtos recebidos do Banco de Alimentos, que antes eram usados para fazer o almoço das crianças, agora são distribuídos entre suas famílias.
“Além daqui, também arrecadamos alimentos de outros lugares para poder ajudar essas famílias”, conta a coordenadora do centro, Valdirene Andrade. “Foi uma maneira de não interromper nosso trabalho e continuar prestando um serviço para a comunidade. As crianças estão em casa, mas precisam do alimento todo dia”, afirma.
AMPLIAÇÃO – O Banco de Alimentos da Ceasa está sendo reformulado pelo Governo do Estado para ampliar o atendimento e reduzir o desperdício, com a proposta de reforçar a capacidade de captação e aproveitamento dos produtos.
Frutas, verduras e legumes que já estiverem em processo de maturação serão minimamente processados e embalados a vácuo, aumentando sua vida útil. Além de atender as instituições e famílias, será possível criar um estoque de alimentos para distribuir em municípios em situações de calamidade, por exemplo.