Os contratos negociados com milho na Bolsa de Chicago chegam ao intervalo desta manhã de quinta-feira em alta de 8 a 11 cents, a U$ 6,16/julho. Ontem, fechou em queda de 4 pontos. Na BMF, julho opera em R$ 54,00 (+0,9%) e setembro em R$ 58,00 (+0,3%).
O suporte desta jornada é atribuído à ausência de chuvas de boa parte do cinturão de milho, nos EUA. Algumas regiões dos estados de Minnesota, Iowa, Wisconsin e Illinois receberam pouca ou praticamente nenhuma chuva nas últimas semanas. As previsões indicam que pode chover nos próximos dias. O mercado acompanha de perto para se certificar se essas regiões mais críticas vão, enfim, receber as tão esperadas chuvas.
De acordo com o analista de mercado Camilo Motter, da Corretora Granoeste de Cascavel/PR além das adversidades climáticas nos EUA, a alta do petróleo e do trigo, bem como a redução dos juros pelo Banco Central Chinês (que acaba por injetar mais dinheiro na economia e aumentar a demanda) contribuem para a sustentação dos preços das commodities.
Em boletim divulgado há pouco, o USDA informou que as vendas externas de milho somaram 0,27MT na última semana. No acumulado do ano, somam 38,6MT, contra 59,7MT do mesmo período do ciclo passado. Os embarques seguem muito lentos e, no acumulado, somam 33,0MT, ante 49,1MT do mesmo intervalo da estação anterior.
A Conab indica colheita de milho safrinha em nível de Brasil em 1,7%, ante 4,9% de mesmo ponto do ano passado. Na semana anterior o índice era de 0,7%.
Internamente, com a chegada de uma safra cheia e recorde, os preços de paridade internacional (CBOT, câmbio e prêmios) devem prevalecer como indicativo para as negociações. O Brasil precisará exportar cerca de 50,0MT para promover algum equilíbrio entre oferta e demanda. Por esta razão, será importante o monitoramento sobre o que se passa na evolução da safra norte-americana, o qual terá impacto sobre os preços em Chicago, bem como na demanda internacional.