Entre outras propostas para o aperfeiçoamento da norma do Padrão Oficial de Classificação de Grãos, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) propôs a redução de 14% para 13% no percentual máximo de umidade permitido no grão de soja a ser comercializada.
Porém, a mudança não foi bem recebida pelos mais de 20 dirigentes da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) e das Aprosojas estaduais que estiveram presentes na Audiência Pública promovida pelo MAPA entre 30 de outubro e 1º de novembro, em Brasília.
Participaram também da Audiência Pública pesquisadores, representantes de Traders, cerealistas, cooperativas e empresas prestadoras do serviço de classificação.
Outro tema também polêmico é a proposta para que os compradores de soja apliquem o ágio ou deságio ou mesmo pratiquem uma média ponderada das cargas entregues. As propostas foram rechaçadas pelas entidades, o que levou o MAPA a suspender as discussões, ficando sob sua responsabilidade definir que texto final será publicado. Isso levou os representantes das entidades a e retirarem da reunião em forma de protesto.
Segundo o presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan, até foi aberto negociações, mas não houve interesse da outra parte. "Em razão disso, e por não haver nenhuma abertura para uma negociação neste sentido, a Aprosoja Brasil não aceitará baixar o teor de umidade do padrão oficial de classificação. Um prejuízo desta magnitude não pode e não será admitido pela nossa entidade e nem por nenhuma entidade que defende os produtores de soja”, afirmou o líder.