BRUNO PAVÃO - A ALICE surgiu de uma necessidade da gente poder tornar a ferramenta mais acessível na palma da mão do produtor e entregar uma resposta mais imediata para ele. Então, ali, em torno de 2016, 2017, essa ferramenta veio para o campo para funcionar como se fosse os olhos do produtor num chat muito simples com ele. Então toda a linha do banco de dados que a gente coleta ali da fazenda, do trabalho, das máquinas, do clima, das condições operacionais, eu consigo pegar o aplicativo com a ALICE, que é o nosso chatbot já de início, chamar ele e falar: Alice, eu preciso saber como é que está ocorrendo o meu plantio de milho na lavoura. E e ela vai me dar todos os dados operacionais, toda a interpretação que ela tem de quantidade de rendimento que nós estamos tendo, área já feita, as condições de plantio que a gente está tendo, fazer análises de máquinas, pessoas...
Então, se eu conseguir olhar pra equipe e perguntar como é que está o desempenho de um operador em função do outro, tudo essas coisas, todas as comparações. Toda essa leitura, dessas 10.000 linhas que a gente vai gerando ali por hora, dentro da fazenda, ela faz a interpretação.É uma inteligência artificial trabalhando em prol do produtor rural.
BRUNO PAVÃO - Com certeza. Hoje ele consegue tirar o celular da mão ou do próprio computador e tem em segundos uma informação. Às vezes ele está em outro estado, em outra cidade e ele consegue ter informação da fazenda dele na palma da mão.E Alice ainda pode coordenar o trabalho das plataformas robóticas autônomas da empresa. Outra novidade da Solinftec na Agrishow.
BRUNO PAVÃO - Como a ALICE, ela já vinha com essa essa experiência de leitura dos bancos de dados das fazendas. Quando a gente colocou o robô para trabalhar, para ser operacional, a ALICE foi de extrema importância para fazer a interpretação do que tá acontecendo com os robôs. Então, toda a parte de foto, todo o reconhecimento, detectar o que é uma linha da cultura, o que é uma entrelinha, se existe planta daninha ali ou não, a ALICE hoje é quem sustenta todo esse corpo pra dar robustez pro robô poder funcionar.As plataformas robóticas da empresa podem trabalhar de forma autônoma, executar várias atividades na lavoura, como explica o André Luiz, analista de desenvolvimento de soluções da Solinftec.
JOSÉ LUIZ - Hoje nós trabalhamos com a plataforma robótica, com quatro modelos de funções que a gente agrega dentro da mesma plataforma, que é a função Scout e a função Hunter, que é uma armadilha que coleta as pragas baseado em frequências de onda, o modelo de solo, que a gente f az a leitura de captação de compactação, umidade e nitrogênio; e o modelo Sprayer que a gente faz a caça de plantas daninhas. A gente pode trabalhar de forma específica ou sincronizada. Então posso trabalhar 24 horas na plataforma. Ela é autônoma, com capacidade de rodar 24 horas. Hoje nós trabalhamos no cultivo de grãos e fibras, soja, milho e algodão. E dentro desse ano, nós já vamos migrar modelos específicos para o setor sucro energético e cultivos perenes: citricultura e café...
Hoje nós temos 20 unidades operando no Brasil, atuando no setor de grãos e fibras. Então, nós temos já unidades no Mato Grosso, já com os nossos parceiros. Nós temos unidades na Bahia. em Luiz Eduardo Magalhães.. Nós temos unidades em Goiás, entre Goiás e Minas, e unidades aqui no interior de São Paulo.
E você, produtor rural, está preparado para a tecnologia da inteligência artificial na sua lavoura?