Trigo continua em queda e fecha quartafeira com perdas de 2,93%

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O contrato de agosto/22 do trigo brando SRW de Chicago fechou nesta quarta-feira, dia 17, em nova forte queda de 2,93% ou $ 23,0 cents/bushel a $ 763,0; a cotação de DEZ22, que interessa aos produtores/exportadores brasileiros, fechou também em queda de 2,80% ou $ 22,50 cents/bushel a $ 780,25; o contrato do trigo duro HRW de Kansas para setembro fechou em queda de 2,32% ou $ 20,25 cents/bushel a $ 851,50; o trigo de primavera HRS de Minneapolis fechou em queda de 2,13% ou $ 19,25 cents/bushel a $ 883,50 e o trigo para moagem da Euronext de Paris fechou em

queda de 1,35% ou $ 4,50 euros/t a 327,50 euros.

Aprofundamento das perdas, em um contexto de perspectivas de aumento dos embarques de trigo da Ucrânia. As amplas projeções de produção na Rússia operaram na mesma direção. Um dólar

firme em relação a outras moedas tornou o trigo americano menos atraente.

Analistas consultados pela Reuters esperam que a FAS registre as vendas de exportação de trigo em uma faixa de 250.000 a 650.000 toneladas na semana que terminou em 11 de agosto. As

vendas da semana passada foram de 359.165 T

O ministério da agricultura da Índia elevou a produção de trigo do país em 0,43 MMT para 106,84 MT nesta quarta-feira. Para comparação, o USDA está em 103 MT.

A boa movimentação de navios em portos ucranianos no Mar Negro também pesou sobre as cotações. Mais cinco navios deixaram a Ucrânia na terça-feira, no maior comboio desde o acordo de julho para permitir novos embarques da região. Outros quatro navios deveriam ser inspecionados em Istambul a caminho da Ucrânia, segundo o Ministério da Defesa turco.

O mercado foi pressionado em parte por uma maior estimativa para a safra da Rússia. Ontem, a consultoria SovEcon elevou sua projeção de 90,9 milhões para um recorde de 94,7 milhões de toneladas. "O rendimento médio atual do trigo é recorde de 4,4 toneladas por hectare, de 48% da área colhida", disse o diretor da SovEcon, Andrey Sizov. No entanto, ele ressaltou que as exportações russas continuam muito

lentas, com expectativa de 5,8 milhões de toneladas no período julho-agosto, queda de 28% na comparação anual.