No Estado do Rio Grande do Sul, o trigo está predominantemente em sua fase de desenvolvimento vegetativo, com 78% dos cultivos. No entanto, a cultura está evoluindo rapidamente para os estágios reprodutivos, que já totalizam 22% da área implantada. Durante o período, as lavouras adquiriram tonalidade verde mais escuro e os caules tornaram-se mais vigorosos em consequência da maior insolação e do aumento do período de luminosidade.
Também se pode aprofundar a análise de possíveis danos provocados pelas geadas ocorridas em 19 e 20/08. Sintomas de danos só foram encontrados em pequenas áreas de topografia mais baixa e em lavouras se encontravam em floração. Contudo, considerando a dimensão e a intensidade dos sintomas, pode-se afirmar que o potencial produtivo da cultura não foi prejudicado.
TRIGO NO PARANÁ
O levantamento da Agridatos registra que 1% do trigo da safra 22/23 está comercializado a partir de uma safra estimada em 1 milhão de toneladas em 400 mil hectares, 15% ou 70 mil a menos que a safra 21/22. É o primeiro ponto percentual (p.p.) vendido desta safra e deve levar de dez a onze meses para ser toda comercializada, terminando por volta de junho/julho do próximo ano.
Dificilmente haverá trigo colhido entre setembro e outubro de 2022 para vender em agosto de 2023, como aconteceu com o trigo de 2021, que foi todo vendido até julho de 2022. Ao contrário da soja e do milho, que começam a ser comercializados mais de um ano antes colheitas, o trigo dificilmente começa a ser vendido antes do início da colheita. Este ano foi diferente. Os preços na última semana e nos últimos dias de agosto foram atrativos (apenas destino Brasil) e as vendas começaram poucos dias antes do início da comercialização do trigo 21/22.