Desde que a onda de tempestades vinda da Argentina e do Uruguai invadiu o Rio Grande do Sul, em 16 e 17 de janeiro, os sojicultores não mais viram voluma expressivo de chuva no Estado. Apesar de haver precipitações de verão pontuais de lá para cá, a falta de água começou a preocupar.
A apreensão deve crescer nesta semana, já que a previsão meteorológica da Secretaria da Agricultura do Estado (Seapi) aponta para tempo firme e seco em todas as regiões gaúchas. Conforme Boletim Agrometeorológico da pasta, realizado em conjunto com a Emater-RS/Ascar e com o Instituto Rograndense do Arroz (Irga), as temperaturas devem superar os 35°C a partir de segunda-feira, aproximando-se dos 40°C em algumas regiões.
Apesar de o cenário de deficiência hídrica gerar apreensão no campo, não pode ser caracterizado como de estiagem, lembra Rugeri. "Não é a situação ideal, mas o produtor vive à mercê do clima. E não quer dizer que a situação vá diminuir a produtividade. O que se vê são plantas reagindo à falta de água", afirma.
O boletim semanal da Emater-RS/Ascar aponta que 50% da oleaginosa está em germinação e desenvolvimento vegetativo, 32% em floração e 18% em enchimento de grãos. De modo geral, as plantas estão bem desenvolvidas e com desenvolvimento favorável. O prognóstico inicial da agência de extensão rural aponta para um safra de soja de 22,44 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul, com produtividade média de 3.327 quilos por hectare.