INÍCIO AGRICULTURA Solos

Manejo de solo e sequestro de carbono foram pauta de reunião da FAEP

Metodologia de pesquisador da Embrapa divide o manejo em quatro níveis, de acordo com diferentes indicadores, melhorando os resultados em relação à qualidade de solo, produção e produtividade.

Publicado em 22/11/2023

Um dos assuntos da pauta da reunião da Comissão Técnica (CT) de Cereais, Fibras e Oleaginosas da FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), que aconteceu na segunda-feira (20/11), o pesquisador da Embrapa Soja Júlio Cezar Franchini apresentou um painel sobre manejo de solo. Ele abordou uma metodologia que divide o manejo em quatro níveis, de acordo com diferentes indicadores. Quanto maior o nível atingido, melhores resultados o produtor deve obter em relação à qualidade de solo e, por conseguinte, em produção e produtividade.


Quem diversifica culturas tem menos necessidade de fazer preparo do solo e consegue resultados melhores
Quem diversifica culturas tem menos necessidade de fazer preparo do solo e consegue resultados melhores

"É uma metodologia de diagnósticos, para que o produtor possa identificar os fatores limitantes que existem e avaliar em que precisa melhorar e ter um direcionamento do que fazer para chegar a um nível superior", afirmou Júlio Cezar. Um dos principais critérios diz respeito à diversificação de culturas. "Os produtores que estão no nível um, por exemplo, fazem três cultivos de duas espécies, ao longo de três anos. Já o nível quatro corresponde a sete cultivos, de sete espécies, com um cultivo de cobertura, um cultivo em consórcio com grãos e um cultivo outonal", explicou.
É uma metodologia de diagnósticos, para que o produtor possa identificar os fatores limitantes que existem e avaliar em que precisa melhorar e ter um direcionamento do que fazer para chegar a um nível superior
Júlio Cezar Franchini, pesquisador da Embrapa Soja
Segundo o pesquisador, os efeitos desses cuidados são visíveis: o solo passa a se caracterizar por agregados pequenos, que permitem maior taxa de infiltração de água e que favorecem o desenvolvimento radicular das plantas. Tudo isso resulta em plantio com menos estresse, maior produção e produtividade. “Tem uma relação direta entre diversificação e qualidade física do solo. Quem diversifica tem menos necessidade de fazer preparo do solo, por conta da qualidade e estrutura, e consegue resultados melhores”, disse o especialista.

Sequestro de carbono
Também ao longo da reunião, os produtores rurais também assistiram à uma apresentação sobre a plataforma da Jiantan, startup sediada em Maringá, no Noroeste do Paraná. Por meio do aplicativo, os agricultores podem comercializar créditos de carbono gerados pela manutenção da reserva legal ou de áreas de produção de sua propriedade.

Segundo João Berdu Garcia Junior, representante da startup, o sistema faz análise a partir de dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e quantifica os créditos com base em normas validadas pela Organização das Nações Unidas (ONU).

“O aplicativo identifica e delimita a área, avalia a integridade da preservação com base em dados oficiais e gera um bônus de remoção compatível com a área de preservação que o produtor tem”, disse Garcia Junior. Ele apontou que, em média, a cada hectare de Mata Atlântica preservado, o produtor recebe cerca de R$ 300 por ano. O produtor que desejar mais informações pode encontrar mais conteúdos no site da startup.
TAGS:
COMENTÁRIOS

O QUE VOCÊ ACHOU DESSE CONTEÚDO? DEIXE SEU COMENTÁRIO...

Assine nossa NEWSLETTER
Notícias diárias no seu email!
Destaques
Assine nossa NEWSLETTER
Notícias diárias no seu email!



Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.