Soja recua em Chicago com safra cheia nos EUA e ampla oferta global, enquanto incertezas entre EUA e China seguem limitando a demanda
O mercado da soja em Chicago iniciou a quarta-feira (3) em queda, apesar da piora na qualidade das lavouras norte-americanas. A posição novembro recuava 3 pontos, cotada a US$ 10,37. Ontem, os primeiros vencimentos já haviam acumulado perdas entre 11 e 13 pontos.
De acordo com análise da Granoeste, os preços continuam pressionados pelo ajuste à chegada de uma safra cheia nos Estados Unidos. Esse cenário se soma à colheita expressiva do Brasil e da Argentina, aumentando a oferta global. Além disso, as dificuldades nas negociações entre EUA e China sobre tarifas limitam a demanda e reforçam a pressão baixista.
O relatório do USDA divulgado na tarde de ontem apontou que 65% das lavouras americanas estão em boas ou excelentes condições, queda de 4 pontos percentuais em relação à semana anterior. Outras 25% foram classificadas como regulares e 10% como ruins ou péssimas. No mesmo período do ano passado, os índices eram semelhantes: 65%, 25% e 10%, respectivamente.
Em relação ao desenvolvimento, 94% das áreas já formaram vagens, contra 93% no mesmo ponto de 2024. Além disso, 11% das lavouras entraram em fase de maturação, ligeiramente abaixo dos 12% registrados no ano passado.
Depois de fortes perdas, entre 40 e 50 cents, os prêmios voltaram a subir, recuperando parte do recuo visto em Chicago. Nos portos brasileiros, as indicações giram em torno de 155 a 170 pontos no spot e de 165 a 180 para outubro.
No mercado interno, compradores ofertam entre R$ 132,00 e R$ 134,00 no oeste do Paraná. Em Paranaguá, no entanto, os valores variam de R$ 141,00 a R$ 144,00, dependendo do prazo de pagamento, da localização e também da data de embarque.