A cotação da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) chegou ao intervalo da manhã de terça-feira com alta de 12 cents, a U$ 13,86/novembro. Ontem houve ganhos entre 8 e 9 cents nos principais movimentos. O mercado segue buscando recuperar-se das acentuadas perdas, superiores a 40 pontos, verificadas no pregão da última sexta-feira, quando o USDA elevou os estoques dos EUA em seu relatório trimestral referente a primeiro de setembro.
A recuperação, no entanto, é tímida em razão do bom avanço da colheita norte-americana, que chega 22%, conforme indicado pelo USDA em boletim divulgado no fim da tarde de ontem. Este percentual ficou acima do esperado pelo mercado, havendo avanço de 14 pontos na semana. Na mesma data do ano passado, o índice era de 31% e, na média histórica, de 25%.
O mercado segue focado no avanço da colheita dos EUA e na arrancada do plantio no Brasil. Ou seja, o foco está no lado da oferta. Enquanto isto, a demanda se mantém relativamente acomodada, notadamente porque esta é uma semana de feriado na China. Em relação à qualidade, 55% das lavouras se mantêm em boas/excelentes condições. No mesmo ponto do ano passado, o índice era de 58%.
Em levantamento divulgado no final de semana, a Conab informou que o plantio da safra brasileira de soja alcançou 4,6%, contra 3,9% da mesma data do ano anterior. Houve avanço de 3 pontos percentuais ao longo da semana passada.
Mercado interno se mantém pressionado, sobretudo pela expressiva queda da taxa de câmbio. Ganhos na bolsa norte-americana e alguma melhora nos prêmios limitam as perdas. O volume de negócios é baixo, com produtores esperando por melhores oportunidades na entressafra. Neste momento, a preocupação central é com a implantação da nova safra. Prêmios no spot são indicados na faixa de 200/220.
Indicações de compra na faixa entre R$ 172,00/174,00 no oeste do estado; entre R$ 178,00/180,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local de embarque.