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Soja cai abaixo de US$ 10 em Chicago com impacto de tarifas dos EUA

Nova tarifa de 50% imposta por Trump sobre produtos brasileiros pressiona o mercado da soja e aumenta volatilidade nos preços

Foto do autor Camilo Motter
10/07/2025 |

A soja cai abaixo de US$ 10 nesta quinta-feira (11), em meio a uma semana marcada por forte pressão no mercado internacional. O contrato agosto da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) é cotado a US$ 10,04, com nova perda de 4 pontos. Desde o início da semana, as cotações já acumulam queda superior a 5%.

Além disso, a posição setembro também é negociada abaixo do patamar simbólico de US$ 10,00, acentuando o viés de baixa. De acordo com a Granoeste, o mercado está impactado principalmente pelo anúncio de novas tarifas comerciais dos Estados Unidos. O governo Trump decidiu aplicar uma taxação adicional de 50% sobre os produtos brasileiros.

Como resultado, as exportações do Brasil para os EUA se tornaram praticamente inviáveis. Com o agravamento do cenário, o dólar subiu frente ao real, o que ajuda a suavizar parte das perdas externas na composição do preço doméstico. Além disso, a boa evolução das lavouras norte-americanas continua pesando sobre os preços.

Conforme dados do USDA, 66% das áreas de soja nos EUA estão classificadas como boas ou excelentes, mesmo percentual da semana anterior. Já 38% das lavouras se encontram atualmente em fase de floração, o que indica bom desenvolvimento para a próxima colheita.

Estimativas para a safra brasileira

Enquanto isso, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta semana o 10º levantamento da safra 2024/25. A produção brasileira de soja está estimada em 169,5 milhões de toneladas.

Embora o número represente um pequeno corte em relação ao mês anterior, ainda significa aumento de 15% frente à safra passada, que foi de 147,7 milhões de toneladas. A área semeada avançou para 47,61 milhões de hectares, com produtividade média estimada em 59,3 sacas por hectare. Em relação ao comércio, as exportações devem alcançar 106,2 milhões de toneladas, ante 98,8 milhões no ciclo anterior.

O consumo interno também deve crescer, atingindo 60,7 milhões de toneladas. A produção de farelo foi projetada em 43,8 milhões de toneladas, das quais 23,6 milhões devem ser destinadas à exportação. Quanto ao óleo de soja, a produção estimada é de 11,4 milhões de toneladas, com 1,4 milhão voltado à exportação e 9,9 milhões para o consumo interno.

Prêmios e preços no mercado nacional

Apesar do recuo em Chicago, os prêmios nos portos brasileiros seguem firmes. No mercado spot, variam entre 125 e 135 pontos, enquanto para agosto, ficam entre 145 e 160 pontos. No oeste do Paraná, as primeiras indicações de compra oscilam entre R$ 128,00 e R$ 130,00.

Já em Paranaguá, os preços estão entre R$ 138,00 e R$ 140,00, a depender do prazo de pagamento e da localização do lote. Portanto, o cenário atual mostra que a soja cai abaixo de US$ 10 em um contexto de tensão comercial, câmbio volátil e expectativas para o novo relatório do USDA.

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Editor RuralNews
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