INÍCIO AGRICULTURA Soja

Soja 2023/24 no Brasil deve ter produção recorde novamente

A Conab acaba de divulgar o primeiro levantamento de safra relativo à temporada 2023/24, com produção de soja estimada em 162,0MT
Camilo Motter
- Especial para Rural News
Publicado em 10/10/2023

Os preços da soja voltam a trabalhar em baixa nos futuros de Chicago nesta manhã de terça-feira – neste momento, menos 2 cents, a U$ 12,62/novembro. Logo mais no fim da tarde de hoje, o USDA irá divulgar uma nova atualização sobre o andamento da safra, que deve confirmar o bom ritmo dos trabalhos de colheita. Além disto, no Brasil, segue avançando a implantação da safra 2023/24 que deve resultar numa produção recorde, novamente.
O mercado também busca posicionar as carteiras para o relatório de oferta e demanda de outubro, que será apresentado nesta quinta-feira (feriado no Brasil). A expectativa gira em torno de um leve corte na produtividade e, consequentemente, na produção dos EUA, para algo como 112,5MT. Por outro lado, os estoques globais devem ficar ligeiramente mais altos.


As exportações brasileiras de soja somam até aqui, em outubro, 1,08MT – com dados da SECEX. Na temporada, iniciada em fevereiro, o volume alcança 88,0MT, ante 69,0MT do mesmo intervalo do ano passado.


A CONAB acaba de divulgar o primeiro levantamento de safra relativo à temporada 2023/24, com produção de soja estimada em 162,0MT, aumento de 4,8% sobre as 154,6MT do ciclo anterior. A área semeada deve alcançar 46,18MH, ante 44,08MH da última campanha. Ainda para 2023/24, as exportações estão previstas em 102,1MT, ante 97,5MT deste ano. A indústria deve processar 59,1MT, ante 56,7MT; com produção de 42,2MT de farelo e 11,1MT de óleo.


No mercado doméstico, questões logísticas continuam pesando na formação do preço, com prêmios contidos e escalas alongadas de embarques e pagamentos – em prazos que variam de 30 a 60 dias. Em termos de mercado, estas escalas alongadas tendem a trazer mais cedo a sobreposição de negócios entre safra velha e safa nova. A diferença básica entre uma e outra safra está na queda dos prêmios.


As indicações de compra seguem pressionadas. Além das perdas na CBOT, a taxa de câmbio, depois de bater em R$ 5,20 na semana passada, volta a cair e a operar nas proximidades de R$ 5,10. O volume de negócios se mantém limitado; os produtores focam as atenções na implantação da nova safra. Prêmios são negociados nos portos brasileiros, no mercado spot, na faixa 25/50 cents sobre a CBOT; para março, os prêmios estão na faixa de negativos 115/95.


Indicações de compra entre R$ 132,00/134,00 no oeste do estado e na faixa de R$ 142,00/145,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.

Sobre o autor Camilo Motter

Possui graduação em Jornalismo pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos(1981), graduação em Economia pela Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Cascavel(1985), especialização em Teoria Econômica pela Universidade Federal do Paraná(1989) e mestrado em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina(2001). Tem experiência na área de Economia. Atuando principalmente nos seguintes temas:Maximização da Renda, Informação, Comercialização. É diretor da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR.
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