A tendência da soja se recuperou nesta semana, passando a ter um viés de leve alta, dependendo do clima americano (na oferta) e da China (que arde em seca, na demanda).enbsp; Os preços subiram em média de 2 a 3 reais/saca em todas as regiões do Brasil. Não se espere, porém, preços excepcionalmente altos porque, como dissemos, o viés de alta, por enquanto, é leve, mas poderá mudar.
Incertezas sobre o clima influenciaram novamente positivamente as cotações de soja nesta semana.enbsp; O QPF (Quantitative Precipitation Forecast) de 7 dias da NOAA mostra chuva para os campos de soja do leste do Cinturão de Milho, com acumulações chegando a pouco mais de 12,75 mm. O sul de Iowa através de Oeste do Missouri e Leste de Kansas terão mais chuva durante a semana com 25,4 a 44,45 mm de acumulações. Nebraska, Minnesota e Dakotas perderão precipitações na próxima semana.
As conclusões do Crop Tour também foram fatores altistas. A projeção do Pro Farmer Crop Tour ficou em linha com o proposto pelo USDA (123 milhões de toneladas). No entanto, eles não descartam ajustes para menos devido às condições climáticas desfavoráveis em algumas regiões, o que poderia reduzir os rendimentos potenciais.
Os números da China começam a ficar positivos: Em Dalian a semana foi positiva. O destaque de alta ficou para o suíno e para os óleos. A margem do suíno na China continua melhorando. O custo da ração está acomodado e o preço da carne continua se recuperando. Destaque também para a alta do milho. Parece que os preços na China podem começar a refletir algum risco de quebra de safra. Acumulados da semana: Farelo de soja: +4,42%; Óleo de soja: +5,19%; Óleo de palma: +5,54%; Milho: +3,34%; Suíno vivo: +5,03%; Minério de ferro: +4,48%; Margem a partir da soja importada (spot): -7 USD/t @ +7 USD/t na semana Relação Suíno-Milho: 7,93 @ +0,12 na semana – quanto maior melhor
As vendas de farelo de soja na China continuam fortes. Na semana as vendas somaram 1,5 milhão de toneladas contra 1,7 milhão na semana passada. No mês as vendas passam de 4,3 milhões de toneladas, maior volume desde maio com 4,6 milhões. Grande parte das vendas foram para os meses mais de outubro a dezembro. As margens estão boas, adicionando os basis do farelo e óleo. A China comprou bem na semana, pelo menos 18 barcos para setembro e outubro mais uns 8 para safra nova do Brasil.
FATORES DE BAIXA
A boa safra brasileira, que não chega a ser um problema, mas a solução para o Mundo. Esta colocada em 124 milhões de toneladas neste ano e poderá atingir 150 milhões, segundo alguns analistas, na próxima temporada. Estes grandes volumes fazem alguma pressão sobre os preços, impedindo-os de subirem muito.