INÍCIO AGRICULTURA Soja

Rio Grande do Sul pode colher safra recorde de soja

Com chuva abundante, RTC/CCGL projeta colheita superior a 23 milhões de toneladas na safra 2023/24
Após dois anos de estiagem, o Rio Grande do Sul poderá colher uma safra recorde de soja, conforme prognóstico divulgado nesta segunda-feira pela Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL). O grupo, formado para gerar conhecimento e recomendar boas práticas agrícolas ao campo, tem como base os resultados de 21 cooperativas gaúchas que, juntas, produzem mais de 50% da soja do Estado.
A expectativa da RTC/CCGL é que safra supere 23 milhões de toneladas no ciclo 2023/2024. Produção semelhante foi vista, pela última vez, na safra 2020/2021, quando os gaúchos colheram 20,8 milhões de toneladas do grão. “Se considerarmos a área projetada pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), de 6,7 milhões de hectares, mesmo com excesso de chuva e atraso no plantio, há chance até de superarmos os 24 milhões de t”, estima o gerente de Pesquisa da RTC/CCGL, Geomar Mateus Corassa.
Mesmo com excesso de chuva e atraso no plantio, há chances até do Estado superar os 24 milhões de toneladas
Mesmo com excesso de chuva e atraso no plantio, há chances até do Estado superar os 24 milhões de toneladas

Mesmo com ocorrências de replantio de até 5% nas cooperativas, a RTC aponta que o atual regime de chuvas contribui para o bom desenvolvimento da cultura nas regiões Norte, Nordeste, Centro e Noroeste do Estado. “As condições das lavouras são animadoras, com cerca de 70% sendo classificadas como boas ou excelentes”, confirma a pesquisa.
As condições das lavouras são animadoras, com cerca de 70% sendo classificadas como boas ou excelentes
gerente de Pesquisa da RTC/CCGL, Geomar Mateus Corassa

A expectativa de produtividade está projetada em 3.549 quilos por hectare, o que equivale à media de 59,2 sacos/ha. Nas cooperativas avaliadas, os resultados foram de 45 a 65 sacos/ha.

O cenário, entretanto, ainda pode sofrer alterações, principalmente entre os sojicultores que plantaram mais tarde e dependem do clima de fevereiro e março. “Se a chuva deixar de vir de maneira regular, poderá, sim, penalizar a produção”, ressalva Corassa.

A preocupação também está na questão sanitária, especialmente quanto à ferrugem asiática. “Temos trabalhado muito com as cooperativas e com os produtores, recomendando manejos robustos, porque a condição climática atual é bastante favorável ao fungo, com temperaturas elevadas e alta umidade”, condiciona Corassa.


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