Como era de se esperar o El Niño está afetando diretamente as ãreas produtivas no Brasil. O impacto do fenômeno está sendo observado de sul a norte do país, como no sul do Piauí, onde o fenômeno forçou o agricultor a atrasar o plantio da cultura no cerrado.
A estimativa de área plantada no Piauí é de 1,072 milhão de hectares crescendo pouco mais de 9% em relação ao tamanho de área plantada na safra passada. Para 2024 a previsão é de colheita entre 3.300 e 3.600 quilos por hectare. Segundo Alzir Neto, presidente da Associação dos Produtores de Soja do Piauí (Aprosoja Piauí), informou que o plantio pode ser feito no mês de dezembro sem grandes prejuízos na produção. Segundo Neto, foi observado algumas chuvas na região, mas insuficiente para iniciar a semeadura.
Há um diferencial no Piauí que é o volume de chuvas que podem cair em dezembro na região proporcionando as condições de plantio, embora segundo Alzir Neto, ainda não haja previsão. Já para o período de janeiro a março a previsão é de um grande volume de chuvas, característico na região.
Jã Goiás é a região centro-norte é que está atrasada com o plantio. Apenas 65% da área foi implementada. O motivo é a falta de chuva. Outro ponto importante é o calor que impacta o ciclo da soja e provoca o aparecimento de pragas e doenças. A falta de chuva também provoca o atraso do plantio e alguns replantios no Maranhão. De acordo com informações da Aprosoja local, apenas 12% da área foi cultivada.
Segundo o Climatempo, o tempo deve mudra sobre o interior do Brasil, devido ao avanço de uma frente fria, a partir deste sábado (18). O sistema deve espalhar chuvas no Centro-Oeste de uma forma mais generalizada durante o final de semana. Entre os dias 18 e 22 de novembro são esperados volumes de precipitação de 30 a 50 mm.
Porém, as chuvas devem ocorrer na forma de pancadas e pode isso não se espera recuperação homogênea da umidade do solo sobre as áreas que estão mais secas. Depois do dia 23 de novembro às chuvas diminuem sobre parte das áreas produtoras do Centro-Oeste.
Tempo seco e muito calor sobre a maior parte das áreas produtoras do Norte e Nordeste. Esse calor intenso e o tempo seco vão continuar agravando ainda mais a situação das lavouras e atrasando ainda mais o plantio da soja. As chuvas tendem a se espalhar um pouco mais pela metade norte do Brasil, beneficiando diversas áreas produtoras do Norte e áreas mais ao oeste do Nordeste depois do dia 20 de novembro.
Entre os dias 20 e 23 de novembro as chuvas devem se espalhar pelo interior da fronteira Agrícola do Matopiba, mas de forma isolada e com volumes moderados, em torno de 20 a 30mm nas áreas mais atingidas. Depois do dia 23 de novembro às chuvas diminuem novamente sobre as áreas mais ao norte do País.