Os preços da soja voltam a trabalhar em queda nos futuros de Chicago nesta abertura de semana – chega ao intervalo com baixa de 39 cents, a U$ 13,48/setembro. Melhores chuvas por toda a região produtora dos EUA e mau humor dos mercados financeiros globais pressionam os preços. Ao longo da última semana houve perdas de 3%.
Durante junho e julho os preços subiram cerca de 25% em razão do levantamento de área, que indicou plantio bem abaixo do esperado, com corte 1,7MH em relação às projeções iniciais; pesou também o clima irregular, com baixos volumes de chuvas, especialmente nos estados centrais de produção. Agosto começa com reversão da tendência anterior, diante da chegada de chuvas mais consistentes.
As lavouras estão na fase mais crítica de sua evolução – já passando da fase de floração. As lavouras estão centradas no estágio de formação de vagens e grãos. Logo mais, no fim da tarde, o USDA irá divulgar uma nova atualização sobre as condições das plantas. Na semana passada, 52% das áreas eram consideradas boas/excelentes e 50% estavam em formação de vagens.
Depois de várias semanas em alta, as indicações de compra no mercado doméstico passaram a ficar pressionadas. Câmbio e prêmios tiveram altas, mas não o suficiente para contrapor as perdas apuradas na CBOT. O ritmo de negócios volta a ficar mais lento, com produtores mais recuados. Prêmios são negociados nos portos brasileiros, no mercado spot, na faixa 70 e 120 cents positivos.
(Observar que os prêmios subiram bastante quando da mudança de um mês para o outro; mas a trava em Chicago também se altera para meses mais à frente, onde as cotações estão mais baixas – no que é conhecido como “mercado invertido”).
As Indicações de compra são apontadas entre R$ 135,00/138,00 no oeste do estado e na faixa de R$ 146,00/148,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do prazo de embarque.