As mudanças no calendário de plantio de soja nos Estados Brasileiros causou reação contrária do setor produtivo, que mesmo sabendo da importância do vazio sanitário, considerou das novas datas e prazos fora da realidade dos produtores.
Várias entidades, entre elas a FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) rebateram tecnicamente os argumentos do MAPA e solicitaram a volta do calendário tradicional. O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), solicitou ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que o calendário tradicional de plantio do grão continuasse no período de setembro a 31 de janeiro.
A volta para o calendário tradicional, além de ser um pedido das entidades que representam o agro, respeita a importância que a soja tem para o Paraná
Deputado federal Pedro Lupion (PP-PR)
Nesta quarta-feira, 09/09, o pedido já foi acatado pelo chefe do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). De acordo com Lupion, o anúncio de mudança no calendário foi um pedido feito também pelas entidades ligadas ao setor agropecuário, que enxergam no tempo maior no plantio da lavoura uma oportunidade desenvolvimento da cultura da soja. Além disso, o presidente da Frente destaca o diálogo da bancada com o Ministério.
“A FPA está sempre atenta às demandas dos produtores rurais. A nossa função é trazer o melhor para quem trabalha pelo setor que é o motor econômico e social do país”, afirmou Lupion.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reconheceu a importância da volta do calendário à data tradicional. “Nós compreendemos que o Brasil é um país continental, com todas as particularidades de um território deste tamanho. Nós padronizamos a calendarização da safra 2023/24, mas sabemos que é preciso, agora, tratar as exceções de forma excepcional”, afirmou.