Colheita no Brasil e clima na Argentina fazem soja fechar em baixa na CBOT
Bom volume de chuvas em regiões produtivas da Argentina e o avanço da colheita no Brasil, que praticamente zerou os atrasos são fatores que fazem as cotações da soja cederem na Bolsa de Chicago
Atrasos na colheita da safra verão foram zerados nos últimos dias
A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) fechou em baixa nesta quarta-feira (26/02). As cotações voltaram a ceder com a pressão da colheita na América do Sul, segundo Boletim Diário da TF Agroeconômica.
O Brasil praticamente zerou os atrasos na colheita e tem apresentado bons volumes em algumas regiões, o que compensa as perdas pontuais em outros estados. A Argentina recebeu um bom volume de chuva nos últimos dias, alguns sobre áreas onde a produtividade ainda está para ser definida e as precipitações era mais que necessárias.
Esses fatores contribuíram para que o contrato de soja para março, referência para a safra brasileira, fechasse em baixa de -0,65 %, ou $ -6,75 cents/bushel a $ 1024,50. A cotação de maio, fechou em baixa de -0,72 % ou $ -7,50 cents/bushel a $1041,25.
O contrato de farelo de soja para março fechou em baixa de -0,10 % ou $ -0,4 ton curta a $ 293,5 e o contrato de óleo de soja para março fechou em baixa de -1,03 % ou $ -0,47/libra-peso a $ 44,97.
A desvalorização do real frente ao dólar – quase 1% – foi adicionada como um fato baixista, o que melhora a competitividade das exportações brasileiras e, também incentiva os produtores a venderem para receber mais reais por seus grãos.
E a possível imposição de tarifas a países-chave para o comércio de soja, como China e União Europeia, continuou sendo um fator de tensão. Elas podem entrar em vigor, aumentar ou ser adiadas dependendo do "humor" de Trump.
Por fim, em sua revisão semanal de estimativas, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) reduziu sua previsão para embarques de soja em fevereiro de 9,72 para 9,35 milhões de toneladas, ante 1,10 milhão em janeiro e 9,61 milhões em fevereiro do ano passado.
Em relação ao farelo, a entidade ajustou sua estimativa de embarques para o mês atual de 1,91 para 1,64 milhão de toneladas, ante 1,64 milhão no mês passado e 1,45 milhão no segundo mês de 2024
O mercado brasileiro de soja apresentou movimentação limitada nesta quarta-feira, com negócios pontuais e preços mistos, próximos à estabilidade na maioria das praças. O cenário reflete o impacto da alta do dólar e da queda nas cotações na Bolsa de Chicago.
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