CNA destaca importância do vazio sanitário e da janela de plantio da soja para a próxima safra

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) ressaltou a importância da definição dos períodos do vazio sanitário e do calendário de semeadura da soja para a safra 2025/2026. Segundo a entidade, essas informações são fundamentais para orientar o planejamento das atividades no campo e garantir o cumprimento das normas fitossanitárias.

As datas foram oficializadas por meio de portaria publicada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na última segunda-feira (5), no Diário Oficial da União.

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Tiago Pereira, assessor técnico da CNA, explicou que essas medidas são essenciais para interromper a chamada "ponte verde" entre safras, que favorece a sobrevivência do fungo causador da ferrugem asiática da soja durante o período de entressafra.

Durante o vazio sanitário, não é permitida a presença de plantas vivas de soja nos campos, em nenhuma fase de desenvolvimento, inclusive as chamadas plantas voluntárias. O objetivo é interromper o ciclo do fungo e reduzir os riscos de contaminação na próxima safra.

Já o calendário de semeadura define o intervalo permitido para o início e o fim do plantio em cada estado e região produtora do país.

Pereira também destacou que a definição dessas datas ocorre de forma colaborativa, com a participação de Secretarias Estaduais de Agricultura, entidades do setor agropecuário e órgãos de defesa sanitária vegetal. Essas instituições têm até o dia 31 de dezembro do ano anterior à safra para enviar propostas de alteração.

As sugestões devem ser baseadas em critérios técnicos, considerando as particularidades climáticas de cada região, estratégias de manejo da doença e os impactos sobre o cultivo de outras culturas em sucessão. Após avaliação pelos órgãos estaduais, as propostas seguem para o Mapa, que então publica os calendários oficiais por portaria.

“É um processo técnico e construído de forma conjunta. A atuação das federações e instituições estaduais é fundamental para que as datas estejam alinhadas com a realidade de cada região produtora, preservando a sanidade das lavouras”, concluiu Pereira.

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