Clima nos EUA pressiona soja, que inicia segunda-feira com perdas
Além da melhora do clima no Meio Oeste norte-americano, o mercado é pressionado pelo aumento da projeção de colheita feita pelo USDA no relatório de oferta e demanda apresentado na última sexta-feira
Os contratos negociados com soja na Bolsa de Chicago operam em acentuada queda nesta manhã de segunda-feira, com perdas de 48 cents, a U$ 14,05/setembro. O mercado é pressionado pela melhora do clima no Meio Oeste norte-americano e pelo aumento da projeção de colheita feita pelo USDA no relatório de oferta e demanda apresentado na última sexta-feira. Aversão a aplicações de risco e queda do petróleo completam o quadro negativo.
– Surpreendentemente, o USDA elevou a estimativa de produção dos EUA para 123,3MT, quanto mercado esperava algo como 121,7MT. No mês passado, a projeção era de 122,6MT. Os estoques finais, que eram esperados em queda, vieram com ligeira alta. De maneira geral, os números foram baixista e indicam uma colheita recorde, embora haja ainda um longo caminho até a safra chegar nos armazéns.
– A projeção para a produção mundial foi elevada em 1,4MT, para 392,8MT, com estoques finais chegando a 101,4MT, quase 2,0MT acima da estimativa de julho. As importações chinesas seguem avaliadas em 98,0MT para a temporada 2022/23 e em 90,0MT em 2021/22.
– O USDA reduziu em 1,0MT, para 80,0MT, as exportações brasileiras deste ano; mas mantém a estimativa de 89,0MT para a próxima estação. A produção segue avaliada nos mesmos níveis do mês passado: 126,0MT neste ano e 149,0MT para a próxima temporada.
– Mercado interno volta a ser pressionado, refletindo as perdas externas. Câmbio limita perdas ainda maiores. A alta do custo do transporte segue como fator limitante na formação do preço de interior. Prêmios são indicados na faixa de 250/270.
– Indicações de compra entre R$ 180,00/182,00 no oeste do estado; entre R$ 188,00/190,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local de embarque.
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